quinta-feira, 1 de junho de 2017

Devocional de 46 dias da Epístola de Paulo aos Romanos

Resultado de imagem para epistola de paulo aos romanos estudoA Carta de Paulo aos Romanos:

A Justificação pela Fé, a santificação e a função da igreja no Evangelho de Deus.


Um Estudo Devocional


 
Para ajudar a fixação,  compreensão e a prática dessa riquíssima epístola, iremos iniciar um estudo devocional programado incialmente para 46 dias, mas que pode ser adiantado ou atrasado de acordo com o fluir da Palavra pelo Espírito.

Nesse devocional se busca o que Paulo quis realmente dizer à igreja de Roma, sem entrar em aspectos teológicos complexos e resgatando o que este conhecimento tem a ver com nossa experiência cristã, nossa salvação, santificação e vida na esfera individual, familiar, eclesiástica e social.

Deixamos aqui um conselho:
Para obter maiores efeitos, não leia este texto apressadamente. Se encontrar alguma citação que o induza à meditação, pare aí e não vá adiante. 
Procure entender o que Deus quis dizer a você através do apóstolo e tente descobrir como isto se encaixa no desenvolvimento de sua natureza espiritual. Deixe que estas reflexões o acompanhem e iluminem o seu dia.

Desejamos, de todo o coração, que você também seja beneficiado por esta linda exposição de Paulo de como Deus atua em nossa vida, com amor profundo, "mais forte que a morte", para que possamos viver uma vida agradável a Deus.

Deus te abençoe abundantemente nesta leitura hoje, amanhã e por toda a sua vida.

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1º Dia: Romanos 1:1-7 – Prefácio e Saudação
1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
Servo (v.1):
No início de sua maior epístola, Paulo se apresenta como um servo. Tal humildade o qualificava para ser o intermediário das maravilhosas revelações de Deus. (Frederick B. Meyer)
Que contraste com o Paulo perseguidor, descrito em Atos 26:9-11, e o Paulo descrito em Filip. 3:7! ("Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo;"). O encontro com Jesus coloca os nossos pontos de vista em suas dimensões corretas...
Chamados (v.1 e 6):
Paulo enfatiza que foi chamado diretamente por Jesus para ser Seu apóstolo, dando respaldo às suas palavras e
admoestações. Do mesmo modo, ele mostra o ardente desejo de Deus em nos chamar para sermos de Jesus Cristo.
2 que ele antes havia prometido pelos seus profetas nas santas Escrituras,
3 acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 e que com poder foi declarado Filho de Deus segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos - Jesus Cristo nosso Senhor,
Dupla natureza (v.3 e 4):
Note a referência enfática à dupla natureza do nosso Senhor. Uma O tornando apto a nos compreender e representar e a outra para nos resgatar à feliz imortalidade com Ele. (Frederick B. Meyer)
5 pelo qual recebemos a graça e o apostolado, por amor do seu nome, para a obediência da fé entre todos os gentios,
6 entre os quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo;
7 a todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

2º Dia: Romanos 1:8-15 – O amor de Paulo pelos cristãos de Roma. Seu desejo de vê-los
8 Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
9 Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,
10 pedindo sempre em minhas orações que, afinal, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião para ir ter convosco.
Intercessão amorosa (v.9 e 10):
Muito tempo antes de ver o rosto desses cristãos em Roma, ele já havia estado orando por eles. Já ganhara a batalha antes de entrar nela. (Frederick B. Meyer)
Seria muito bom orarmos a cada dia pelas pessoas que ainda não conhecemos e que Deus colocará hoje em nosso caminho.
Que sejamos a elas uma benção...
O valor da oração (v. 9 e 10):
É bastante evidente que a oração tinha muito valor para o apóstolo. Essa projetada viagem era objeto de súplicas continuas. Ele sabia que muitas coisas tinham de ser obtidas por meio da oração e que, sem ela, ficariam perdidas. Lembremos que nossas viagens também devem ser planejadas de acordo com a vontade de Deus. (Frederick B. Meyer)
11 Porque desejo muito ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos;
12 isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado em vós pela fé mútua, vossa e minha.
Fortalecimento mútuo (v.12):
Que nobreza por parte do apóstolo em dizer que a sua fé era fortalecida pela fé deles, como a deles pela sua. Ele não estava apenas tentando ser gentil: realmente cria nisto.
Há uma admirável mutualidade no serviço de Deus. Pense: quanto do sucesso do ministério de Paulo foi devido às orações dos fiéis? Oramos nós pelos ministradores do evangelho, oficiais ou leigos, que fazem o trabalho que os anjos gostariam de fazer, que é contar as boas novas do Evangelho?
13 E não quero que ignoreis, irmãos, que muitas vezes propus visitar-vos (mas até agora tenho sido impedido), para conseguir algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios.
14 Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
Uma grande dívida (v.14):
Nós devemos tudo ao Senhor [Mateus 18:23-35 - parábola do credor incompassivo], mas, desde que não podemos fazer nenhuma retribuição, ele nos fez seus legatários [permite que retribuamos a outros]. Devemos pensar nos outros como quem tem algo a cobrar de nós por amor a Cristo. Ajudando-os, fazemo-lo ao Senhor ["...a Mim o fizestes..."]. (Frederick B. Meyer)
15 De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o evangelho também a vós que estais em Roma.
Pronto ao desafio da pregação em Roma (v.15), a capital do mundo.
"Paulo não era indiferente às exigências da cultura intelectual. Ele tinha sido cuidadosamente instruído nas literaturas hebraica e grega. O discípulo de Gamaliel apreciava a alta cultura do mundo romano que não deixava de ter valor; mas ele não estava envergonhado de pregar o evangelho em sua capital porque levava consigo a dinâmica divina. Era 'o poder para a salvação' (v.16)." (Frederick B. Meyer)





3º Dia: Romanos 1:16 e 17 – O assunto da epístola: a justiça pela fé em Jesus Cristo
16 Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Não me envergonho (v.16):
É bom lembrar que para o mundo da época, a morte de cruz era a morte mais vergonhosa. O condenado era exposto nu, para vergonha de sua família e conhecidos, durante vários dias, até morrer por gangrena, entre terríveis dores de cãibras e dificuldade de respiração.
Para nós, hoje, a cruz é um símbolo amplamente aceito, mas o foi pelos primeiros cristãos somente após o primeiro século. Até então, o símbolo usado era de Jesus, o Bom Pastor.
Por isto Paulo falava que para alguns, o evangelho era loucura (I. Cor. 1:18 e 23). A paixão de Paulo era o desejo de pregar o poder de Deus para salvar todo aquele que crê.
Evangelho (v.16):
A palavra "evangelho" significa boas notícias.
O âmago do evangelho é o fato de que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para ser o nosso Salvador que vive. Mas estes fatos históricos só se tornam proveitosos para o pecador quando ele tem fé em Jesus.
Não basta crer em algo sobre Jesus do mesmo modo que se crê em algo sobre outros personagens históricos.
Temos fé quando podemos dizer sinceramente com Paulo: "Considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor." Fil. 3:8. Então Ele provê libertação do pecado, e desfrutamos as bênçãos da salvação.
Salvação (v.16):
A palavra grega traduzida por salvação significa "libertação" ou "preservação".
Salvação é libertação do mal mediante a atuação interior do Espírito Santo (Efés. 1:13; Fil. 2:12 e 13). E também abrange o livramento final deste atual mundo de pecado, por ocasião do segundo advento de Jesus (Rom. 13:11; I Tess. 5:8-10).
As Escrituras declaram que a salvação:
a) Vem de Deus (Sal. 37:39);
b) é por meio de Cristo (Atos 4:12)
c) e não por obras humanas (Efés. 2:8 e 9). (Lições de Herbert Kiesler)
17 Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
A justiça de Deus revelada (v.17):
Justiça é pureza ou santidade de coração devido à habitação de Cristo no íntimo da alma (Rom. 8:9 e 10). Essa justiça de coração resulta em ações corretas (I. S. João 2:29).
Romanos 1:16 e 17 declara que o evangelho tem poder para salvar-nos porque nos revela a justiça de Deus. Este conhecimento de Deus não é mera informação teórica; é uma experiência espiritual pela qual a verdade passa a fazer parte da vida.
Para mim, este verso se completa com Gálatas 2:19 e 20: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim... "
"Mas o justo viverá por fé " (v.17) (Almeida RA):
Este verso, citado por Paulo de Hab. 2:4, é tão fundamental para a compreensão de como Deus prove nossa salvação, que vamos ver como é traduzido em outras versões:
(Almeida RC): "Mas o justo viverá da fé "
BLH: "Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus". (ou: Quem é aceito por Deus, viverá por meio da fé. - rodapé)
Bíblia Viva: "O homem que encontra a vida, vai encontrá-la confiando em Deus."
A justiça pela fé é um tipo especial de justiça - algo que é sem igual nas religiões comparadas. A justiça pela fé está firmada na fidelidade de Deus. Quando a fidelidade de Deus encontra a resposta de fé da parte do homem, o milagre torna-se possível. Então é manifestada a justiça de Deus.
Sendo que Cristo vive no coração daquele que crê, essa pessoa tem a dádiva da justiça de Cristo e possui o poder para realizar obras agradáveis a Deus. Foi esta compreensão que iluminou, mudou e inflamou a vida de Lutero...
Porque então é tão difícil aceitar a dádiva inapreciável da justiça de Deus?
1) A tentativa de nos tornarmos justos por nossos próprios esforços é uma manifestação natural de independência humana.
2) Aceitar a justiça de Cristo significa a morte para o próprio eu.
3) É mais fácil confiar em nossas boas obras do que confiar em Cristo. (Comentários baseados nas lições do Dr. Herbert Kiesler).
O professor Pedro Apolinário, em seu livro Explicação de Textos Difíceis da Bíblia, demonstra que a melhor tradução para o trecho fundamental de Romanos 1:17 é: "O homem que é justificado pela fé - viverá". E explica: "A teologia de Paulo nos afiança de que o homem justificado pela fé é o único que possui vida, porque esta vem unicamente de Cristo, recebida através da fé. O grande tema da epístola de Romanos pode ser sintetizado nesta frase: O pecado conduz à morte; a justificação conduz à vida (Rom. 5:17, 21; 8:10)."
Lutero e Romanos 1:17:
"Por uma decretal recente, fora prometida pelo papa certa indulgência a todos os que subissem de joelhos a 'escada de Pilatos', que se diz ter sido descida por nosso Salvador ao sair do tribunal romano, e miraculosamente transportada de Jerusalém para Roma. Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz semelhante a trovão pareceu dizer-lhe: 'O justo viverá da fé'. Romanos 1:17. Ergueu-se de um salto e saiu apressadamente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo, viu mais claramente do que nunca dantes a falácia de se confiar nas obras humanas para a salvação, e a necessidade de fé constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-lhe abertos os olhos, e nunca mais se deveriam fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu o coração, e desde aquele tempo o afastamento se tornou cada vez maior, até romper todo contato com a igreja papal." O Grande Conflito, p. 122 (p. 77 edição condensada).





4º Dia: Romanos 1:18-23 – A idolatria e depravação dos homens
18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.
19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos,
23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
É perigoso, tanto ao teólogo, como ao astrônomo (Copérnico e Galileu que o digam...) dizer ao homem que o Universo não gira em torno dele.
E que Deus não é uma extensão dele (ou ele).
Esta tendência foi bem caracterizada nos deuses de características humanas (e até animais) dos antigos.
Isto tornou-se hoje mais refinado quando achamos que Deus pensa como nós, o que ocorre quando deixamos de abrir nossa consciência à iluminação da criação, da Palavra, da pessoa de Jesus (Rom. 2:15; João 1:9; Rom. 1:20; João 5:39), para conhecer como Deus é, ama, pensa e sente. Assim, abrimos caminho à idolatria que, em suma, é adorar a um Deus que não conhecemos (como bem o diz o pastor Maxwell no livro "Você pode Confiar na Bíblia?"...).
A ira de Deus (v. 18):
A ira de Deus não deve ser vista como a nossa ira, mas como a manifestação da aversão ao pecado que faz parte do Seu caráter. (Allan Richardson)
"O amor de Deus e Sua indignação contra o pecado constituem aspectos de Seu compassivo interesse em salvar a humanidade e restaurar o Universo ao estado de perfeição, pureza e harmonia. O infinito amor de Deus rejeita o pecado e tem aversão por ele." (Herbert Kiesler)

5º Dia: Romanos 1:24-32 – Entregues os não-judeus a reprováveis sentimentos
Deus aprova por "Média Final"?
A média é a nota final que os professores atribuem aos alunos para avaliar o aproveitamento deles na escola. O professor toma todas as notas obtidas pelo aluno durante o ano, desde as mais baixas até as mais elevadas. Dessas, ele tira a média, e é aí que muitos estudantes caem em dificuldade - as notas inferiores "puxam" a média para baixo, e o aluno pode ser reprovado.
Será que é esse o processo que Deus usa para "avaliar" os homens?
Muita gente pensa assim: "Bem, eu não sou, nem de longe tão mau como fulano... Vivo um padrão de vida muito bom. Nunca furtei, nem faço trapaças... Ora, sou incapaz de dar um pontapé mesmo que seja num cachorro...".
Será que Deus, em Seu amor benevolente e Sua bondade, dará às pessoas que "fazem o melhor que podem", uma nota que dê para elas passarem e receberem o "diploma celestial"? (Fritz Ridenour).
Paulo mostra, nos versos de hoje, que se fosse por este critério, as pessoas que ele descreve [gregos e romanos, principalmente, os que se orgulhavam de serem os mais civilizados...] estariam sem nenhuma chance de aprovação...
Paulo afirma, de modo categórico, como vimos ontem, que o homem pode conhecer seu Criador. O homem pode ver em tudo quanto o cerca na criação, a obra da mão de Deus (v. 20). Mas em vez de reconhecer a Deus, de cultuá-Lo e dar-Lhe graças, esses "pagãos renegados" vivem voltados para si mesmos. Imaginam idéias absurdas sobre Deus (v. 23). Afastam-se da luz e vivem, cada vez mais na escuridão. E dai' pra frente, veja a lista de erros que cometem (vs. 24-32): assassínio, fornicação, adultério, homossexualidade, ganância, ódio, inveja, mentira, etc...
Eles se afastaram tanto de Deus que não mais vêem ou não mais entendem as conseqüências de seus atos. E ainda arrastam outros para que participem com eles de toda essa rebeldia.
Paulo afirma que a conseqüência de recusar receber o conhecimento de Deus é a queda nos padrões morais, a impureza. Quando uma pessoa escolhe deliberadamente o caminho descendente, passa rapidamente de um degrau ao outro, descendo em direção às trevas.
É maravilhoso saber, que mesmo nessa situação, quando o homem se volta para Deus, Ele possa criar, a partir de material tão precário, até santos!
24 Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si;
25 pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.
Os gregos (principalmente) e os romanos aceitavam mais abertamente as práticas homossexuais que hoje. As famílias cristãs de hoje - graças a Deus - são as que ainda exercem a maior influência na rejeição desta prática em nossa sociedade.
Mas, num sentido amplo, e principalmente nas grandes cidades, como são aplicáveis as palavras de Paulo aos dias de hoje!
Aqueles que estão a par do que acontece, conhecem os transtornos que o homossexualismo e de outras perversões sexuais trazem: doenças, transtornos emocionais, vidas despedaçadas e morte prematura. O inimigo sabe que ao destruir a relação natural - o casamento - está afetando diretamente o homem (gênero) nas esferas física, emocional e espiritual.
Outros motivos:
1) Por meio da relação matrimonial, a sexualidade humana confere à humanidade a faculdade de criar. Lúcifer ressentiu-se profundamente de haver sido excluído do processo criativo;
2) Através do casamento, o homem desenvolve sua capacidade de compreender e expressar o amor de forma mais nobre e elevada. O amor puro do homem pela mulher nos permite vislumbrar o amor de Jesus pela Sua igreja. O amor e cuidado pelos nossos filhos nos permitem ter uma pálida idéia do amor de Deus Por cada um de nos, individualmente... (Herbert Kiesler)
28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade;
30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.
É muito fácil ler a lista acima e pensar: "Isto é para os outros; não se aplica a mim!".
Porem se analisarmos bem a lista acima, veremos que em um grau ou outro, como disse Jesus, estas características estão bem presentes em nossa personalidade.
Em todos nós.
O problema é que se meditarmos bem na lista dos versos 29 a 31, veremos que uma vez ou outra praticamos alguns daqueles atos. Em menor ou maior escala, porque é nossa natureza.
Mas se esta conscientização de nossa situação egoísta e má nos deixa desanimados, tristes e desesperançosos, o Espírito nos lembra as palavras do Mestre: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." (Mat.11:28)

6º Dia: Romanos 2:1-11 – Os não-judeus e judeus igualmente culpados.
1 Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo.
O pecado do nosso irmão é mais fácil de reconhecer e apontar, porque o vemos à distância.
Somente ao olharmos para Jesus vemos a nossa real condição.
Vemos que nossa justiça é como trapos da imundícia...
Lendo nas entrelinhas, podemos imaginar Paulo pensando em sua própria experiência enquanto escreve. Como antes do encontro com Cristo ele se achava um "homem de bem" e depois deste encontro como ele começou a ver como era no intimo. E viu que não podia mais se julgar inocente.
Enquanto nos comparamos com outros, achamos que somos bonzinhos; mas quando estamos na presença da perfeição de Cristo, a historia é outra...
Nós tentamos parecer bons diante dos outros e manter as aparências.
Mas, no íntimo, todos temos alguns cantinhos sujos que não queremos que ninguém descubra.
Entretanto, nada está oculto aos olhos de Deus.
Toda pessoa precisa do evangelho. Tanto o pagão "mau caráter" como o moralmente "bonzinho" e... ...principalmente os metidos a "santos"... (Fritz Ridenour)
2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que tais coisas praticam.
3 E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
4 Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?
5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
6 que retribuirá a cada um segundo as suas obras;
Contradição? não!
Não há contradição nenhuma entre estes versos (6-10) com Efésios 2:8 e 9: "Pois é pela graça de Deus que vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de Deus, mas é presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês mesmos, e por isso ninguém deve se orgulhar." (BLH)
Muitas passagens das Escrituras ensinam que Deus nos julga por nossas obras. (Ver Sal. 62:12; Mat. 16:27; I Ped. 1:17; Apoc. 20:12 e 22:12) A Salvação é unicamente pela graça de Deus. A pessoa salva pela graça tem o poder de realizar obras agradáveis a Deus. Cristo atua em nós e por nosso intermédio. (Ver Fil. 2:13; Gál. 2:20) E então Ele nos dá a recompensa das obras que realizou por meio de nós. Obras que são corretas à vista de Deus constituem a evidência de que Sua graça está presente na vida (Ver Tia. 2:18) (Herbert Kiesler)
7 a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em favor o bem, procuram glória, e honra e incorrupção;
8 mas ira e indignação aos que são contenciosos, e desobedientes à iniqüidade;
9 tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego;
10 glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem, primeiramente ao judeu, e também ao grego;
11 pois para com Deus não há acepção de pessoas.

7º Dia: Romanos 2:12-16 – O juízo de Deus
A mensagem de Paulo em Romanos 2:11-16 é a de que mesmo aqueles que não têm a Bíblia nem ouviram falar de Cristo são salvos por Sua graça quando se mostram sensíveis à convicção interior produzida pelo Espírito Santo e obedecem a Suas ordens. (Herbert Kiesler)
12 Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.
Sem lei e sob a lei.
Quando usou as frases "sem lei" e "sob a lei", Paulo salientou a distinção fundamental entre judeus e gentios. Os gentios estavam sem lei. Os apóstolo referia-se aos que não tinham a lei revelada ou escrita. Por outro lado, os judeus dispunham da revelada vontade de Deus (Herbert Kiesler)
Vejam como este verso fica bem mais claro na Bíblia Viva:
"Deus punirá todos os que tiverem pecado. Castigará os pagãos pecadores, embora eles nunca tenham ouvido a respeito das leis escritas de Deus; e muito mais os que conheceram a Lei serão punidos, conforme a própria Lei manda.
Porque no fundo dos corações, todos sabem a diferença entre o certo e o errado."
13 Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei
Em Romanos 2:13, Paulo não está dizendo que a pessoa é justificada porque obedece à lei de Deus. A obediência da fé é pela graça (Rom. 1:5).
A graça de Deus origina nossa atitude de fé, e o resultado é a obediência a Sua lei (Rom. 3:31; 8:3 e 4).
Romanos 2:13 ensina que no juízo Deus demonstrará e declarará que aqueles cujas obras evidenciaram terem sido salvos pela graça, são eternamente justos.
Por mais respeitável que seja, nenhum ser humano está habilitado para entrar no Céu se confiar em suas próprias obras. Até as pessoas religiosas, por si mesmas, não poderão atingir a elevada norma de Deus: a transformação do coração e da mente. (Herbert Kiesler)
14 (porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei.
15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os),
Para o judeu, essa Lei fora escrita nas páginas do Antigo Testamento; mas, para os gentios, que não possuíam nem Moisés, nem o Sinai, ela estava escrita nas tábuas do coração e era conhecida como "consciência".
A diferença entre as duas é comparável à que existe entre a hora do dia indicada pelo sol e a indicada pelo relógio que o homem carrega no seu bolso. (Frederick B. Meyer)
16 no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho. [Ver Atos 17:31]

8º Dia: Romanos 2:17-29 – Os judeus são indesculpáveis. O verdadeiro israelita
A mensagem de Paulo em Romanos 1:18 a 2:29 é a de que todos os homens são pecadores que necessitam de salvação. Judeus e gentios, ricos e pobres, cultos ou sem instrução, todos precisam olhar a Cristo com fé e arrependimento, e confiar nEle para que escreva Sua lei no coração deles. (Herbert Kiesler)
17 Mas se tu és chamado judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 e conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19 e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
20 instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens na lei a forma da ciência e da verdade;
21 tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22 Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, roubas os templos?
23 Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
O judeu confiava na posição a ele conferida pelos privilégios e ritos do judaísmo, embora sua vida espiritual tenha como que se tornado ressequida dentro dessas exterioridades, como grãos secos que chocalham dentro de uma vagem. (Frederick B. Meyer)
24 Assim pois, por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios, como está escrito.
25 Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão.
Os judeus insistiam no rito da circuncisão. Os rabinos ensinavam que os circuncidados teriam uma parte no mundo por vir. Paulo disse virtualmente: Não! Se sois inflexíveis em defender a circuncisão, mas menosprezais o concerto, não sois diferentes dos iincircuncisos que não afirmam conhecer a Deus. (Herbert Kiesler)
26 Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão?
27 E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, julgará a ti, que com a letra e a circuncisão és transgressor da lei.
28 Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
29 Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
O inspirado conceito de Paulo era que os incircuncisos são também filhos de Deus, se mantém sincera comunhão com Jesus Cristo. Ritos e Cerimônias têm valor quando devidamente instituídos pelo Senhor, mas apenas constituem sinais, símbolos e auxílios da fé. Jamais devem tomar o lugar da sincera união com Deus. (Herbert Kiesler)
"Letra" em Romanos 2:29 não significa os Dez Mandamentos. A palavra grega para "letra" nos escritos de Paulo às vezes quer dizer o uso legalista dos Dez Mandamentos. (Ver II Cor. 3:6.) Viver "segundo o espírito e não segundo a letra" significa servir a Deus de todo o coração, e não de maneira legalista. (Herbert Kiesler)
Paulo fala aos judeus de seu tempo. Eles eram religiosos. Liam a Bíblia regularmente. Oravam, jejuavam, davam o dízimo e cultuavam a Deus. Eram as pessoas boas, profundamente religiosas, que nunca punham em dúvida a sua posição para com Deus. Nunca lhes passou pela mente que eles, também, podiam estar sob a condenação de Deus. Mas estavam.
Os judeus se tornaram orgulhosos e o orgulho os levara à hipocrisia. A mesma coisa acontece hoje. Em muitas igrejas, a religião é mais importante do que a entrega pessoal a Cristo. A religião assim pode tornar você orgulhoso e convencido, quando, na realidade, você não consegue ser bondoso, honesto, humilde e amável. Por que há tantas pessoas que não querem freqüentar a igreja? É porque elas enxergam a falsidade dessa farsa chamada "religião" e acham que tudo não passa de fingimento [ver verso 24].
Paulo põe às claras, neste texto, o fracasso da "religião": ele afirma claramente que ninguém está livre do pecado: aí se incluem as pessoas religiosas e, entre elas, os judeus, o povo escolhido; todas precisavam da mudança de mente e coração. Isso é a única coisa que vale. (Fritz Ridenour)
Neste momento, eu quero convidar você a uma reflexão:
Como é a sua religião: ela é baseada em rituais ou no relacionamento com Cristo?
Você teria confiança em convidar uma pessoa sensível e esclarecida para visitar a sua igreja?
Se não, como você pode ajudar a alterar este quadro?

9º Dia: Romanos 3:1-18 – Paulo responde a objeções. Todos os homens na condição de pecadores
1 Que vantagem, pois, tem o judeu? ou qual a utilidade da circuncisão?
2 Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus.
O povo judaico era possuidor de um grande tesouro, que lhe foi entregue para o benefício do mundo inteiro. Essa posição dos judeus, como mordomos da humanidade, lhes conferia privilégios muito especiais, mas também os expunha a severo castigo caso viessem a ser infiéis. Algumas dessas vantagens são apresentadas em Rom. 9:4 e 5. (Frederick B. Meyer)
Infelizmente, os judeus deixaram de manter a vital união com Deus simbolizada pela circuncisão. (Ver Deut. 10:16; Rom. 2:25-29.) Como resultado, eles foram incapazes de viver à altura dos requisitos básicos da lei de Deus. (Herbert Kiesler)
3 Pois quê? Se alguns foram infiéis, porventura a sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus?
Nossas falhas não podem cancelar a fidelidade de Deus às promessas da aliança - 2 Tim. 2:13: "Se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois de nenhuma maneira pode negar-se a Si mesmo." (Frederick B. Meyer)
4 De modo nenhum; antes seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.
As promessas de Deus são condicionais. Como não vivessem à altura da revelada vontade de Deus, os judeus deixaram de ser a nação escolhida. (Ver Mat. 21:43; 23:37-39.) No entanto, Jesus e Paulo nunca invalidaram a promessa de salvação aos judeus como indivíduos. Essa promessa é válida para todos os que aceitam a Cristo pela fé (Rom. 1:16).
Deus é fiel a Suas promessas, mesmo que Seu povo seja fraco e deficiente. (Herbert Kiesler)
5 E, se a nossa injustiça prova a justiça de Deus, que diremos? Acaso Deus, que castiga com ira, é injusto? (Falo como homem.)
6 De modo nenhum; do contrário, como julgará Deus o mundo?
7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para sua glória, por que sou eu ainda julgado como pecador?
É maravilhoso como o pecado humano se constituiu num caminho para a glória de Deus, demonstrando qualidades de Seu amor que, de outro modo, teriam permanecido desconhecidas; mas isso não justifica nossa pecaminosidade. (F. B. M)
8 E por que não dizemos: Façamos o mal para que venha o bem? - como alguns caluniosamente afirmam que dizemos; a condenação dos quais é justa.
Aceitar a argumentação que "o pecado demonstra mais a glória de Deus" implicaria em abrir a porta a toda espécie de abominação. (F. B. M)
Paulo teve que enfrentar a acusação de que ensinava a doutrina de que não é preciso guardar a lei [o antinomianismo]. (C. K. Barret)
A resposta de Paulo é uma negativa simples e vigorosa. Em diversos lugares da epístola aos Romanos ele salienta a importância de obedecer à Lei de Deus como RESULTADO da salvação que Deus nos concedeu e como expressão de nosso amor por Ele. (Ver Rom. 2:13; 3:31; 7:7, 12 e 14; 8:3 e 4). (Herbert Kiesler)
9 Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um.
Ao escrever que todos "estão debaixo do pecado" e que "não há justo, nem sequer um" (Rom. 3:9 e 10), Paulo referia-se a todos os que estão separados ou longe de Cristo. (Herbert Kiesler)
11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus.
12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
Paulo está aqui citando as passagens do Velho Testamento (Sal. 14:1-3; Sal. 5:7-9), que descrevem o indivíduo que não entrou em concerto ou aliança com Deus. No entanto, ele também conhecia as passagens que consideram como justos os que aceitaram a relação do concerto com Deus. (Ver Isa. 51:1 e 7; 61:3)
Paulo declara que alguém é capaz de realizar obras que sejam agradáveis a Deus, senão não falaria "Os que praticam a lei hão de ser justificados." Rom. 2:13. Somos salvos só pela graça, mas essa experiência envolve o sermos "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efés. 2:10)
Paulo estava plenamente de acordo com João. (Ver I S. João 2:29). Só o crente que nasceu de novo e foi justificado, pelo poder do Espírito Santo, é capaz de realizar obras que sejam agradáveis à vista de Deus. (adaptado das lições de Herbert Kiesler)
13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios;
14 a sua boca está cheia de maldição e amargura.
Paulo ilustra de maneira impressionante a repulsiva linguagem dos que não tem viva ligação com Cristo. Noutro lugar ele descreve a espécie de linguagem que é agradável a Deus e possível à pessoa que tem "a mente de Cristo". (Ver I Cor. 2:13-16) (Herbert Kiesler)
15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 Nos seus caminhos há destruição e miséria;
17 e não conheceram o caminho da paz.
Paulo aqui está citando a descrição feita por Isaías em 59:7 e 8.
18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos.
Cita-se que o Major Andrian Mikolayev, astronauta soviético, disse que enquanto esteve em órbita, "não viu Deus lá em cima". O astronauta Gordon Cooper, que voou na Faith 7 e mais tarde na Gemini 5, diz: "Eu também não vi Deus, mas vi muitas das maravilhas que Ele criou". (Fritz Ridenour.)
Vejam como a renovação da mente altera nossa percepção da realidade...
Paulo, nos versos 13 a 18 mostra como todos os órgãos do corpo são utilizados para dar vazão ao mal que está na mente daquele que não se submete à influência de Deus, seja escrita ou pela consciência. Que nossos membros demonstrem que nossos corpos já não nos pertencem, pois foram oferecidos em sacrifício vivo a Deus e nossa mente renovada por Ele (Rom. 12:1 e 2). Amém.

10º Dia: Romanos 3:19 e 20 – Ninguém será justificado pelas obras da lei
19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus;
O termo "Lei", aqui, obviamente é aplicado no sentido amplo abrangendo tanto a consciência como as Escrituras. É o ideal de Deus erguido diante de nosso rosto para mostrar-nos de onde caímos. (Frederick B. Meyer)
Paulo usa a palavra lei no sentido abrangente, pois nessa passagem ele citou trechos dos Salmos e do profeta Isaías. Ao usar este vocábulo ele referia-se a todo o Antigo Testamento, incluindo os Dez Mandamentos.
A Palavra de Deus escrita - a lei - fala aos que têm acesso a ela. Paulo já explicara que os que têm a Palavra de Deus escrita serão julgados por ela (Rom. 2:12). Aqueles que não têm a Palavra escrita serão julgados por sua resposta à voz do Espírito Santo à consciência (Rom. 2:12-16). Assim, o mundo inteiro é culpável perante Deus. Não obstante os claros ensinos da Palavra escrita e a obra do Espírito Santo, todos decidiram pecar. Por isso, o mundo inteiro necessita da obra salvífica de Jesus Cristo. (Herbert Kiesler)
Paulo torna bem claro que o sentimento de culpa é o começo da esperança para as pessoas perdidas: "Para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus." Rom. 3:19.
A culpa é dolorosa. Ela é universal. A criança normal começa a sentir-se responsável por suas ações aos três anos de idade. O senso de identidade é acompanhado do senso de responsabilidade. (Herbert Kiesler)
"Esse sentimento de culpa tem de ser deposto aos pés da cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: 'Depõe tudo sobre Mim; Eu levarei teu pecado, Eu te darei paz. Não destruas mais teu respeito próprio, pois comprei-te com o preço do Meu próprio sangue. Tu és Meu.' " (Ellen G. White - Este dia com Deus)


A culpa doentia:
O Dr. Kiesler faz, em suas lições, uma clara distinção entre o sentimento de culpa normal e o doentio: O sentimento de culpa doentio pode ser destrutivo e dificilmente leva à graça, salvação e felicidade.
Ele aponta possíveis causas do sentimento de culpa doentio:
1) Interpretação errônea das Escrituras.
2) Desarrazoadas coerções sociais [talvez aqui ele coloque pais e familiares perfeccionistas que fazem a criança sentir necessária a perfeição para ser amada e aceita].
3) Diversos tabus.
E cita a inspirada opinião de Paul Tournier (Guilt and Grace: Harper & Row Publishers): "Na realidade, toda culpa insinuada pelo critério dos homens é uma falsa culpa se não receber o apoio interior de um critério de Deus. Portanto, verdadeira culpa muitas vezes é algo bem diferente daquilo que nos oprime constantemente, por causa de nosso medo da condenação social e da desaprovação dos homens".
Este ponto é de importante consideração, porque muitos, mesmo se arrependendo dos pecados, os confessando e aceitando a graça de Jesus, continuam a se achar indignos perante Deus. Como se seu perdão não fosse suficiente ou não tivesse sido ainda aplicado...
É importante descobrir a razão deste sentimento, muitas vezes que subjaz no inconsciente, desde o período da infância.
Neste ponto, pode ser muito conveniente pedir auxílio a um bom psiquiatra ou psicólogo cristãos para a descoberta do padrão, de suas razões e de como livrar-se deste fardo que afasta a pessoa (em geral de caráter muito sensível) do sentimento de paz que vem da comunhão com Deus, em Jesus.
20 porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado.
O propósito de um espelho não é lavar o rosto, mas mostrar o quanto precisa ser lavado. (Frederick B. Meyer)
A tradução de Philips parafraseia Romanos 3:20 da maneira que segue:
"Ninguém pode justificar-se diante de Deus pela perfeita execução dos preceitos da Lei - na realidade, é a régua da Lei que nos mostra quão tortos nós somos."
Ninguém é justificado pela lei, porque a lei não tem poder de salvar (Ver Gál. 2:16.) A função da lei é mostrar-nos os nossos pecados. (Comparar com Tiago 1:22-25.) (Herbert Kiesler)
Quando o espelho da lei (escrita, consciência) nos aponta nossas manchas, o que devemos fazer é confessar nossa situação a Deus. I João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." A comunhão com Ele, pelo Espírito, nos fará ter aversão ao pecado e prazer em fazer o correto - as obras do Espírito.

11º Dia: Romanos 3:21-31 – A justificação pela fé em Jesus Cristo
Romanos 3 revela que todos necessitam de um Salvador, porque todos pecaram. A lei [fazer o que é certo] não pode salvar. Sua função é mostrar o pecado. A salvação só é obtida por meio de Jesus Cristo, o qual morreu pelos nossos pecados. Quem realmente crê nEle recebe a justificação - a dádiva de Sua justiça.
21 Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas;
22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção.
É importante compreender que o recebimento da justiça de Deus (Rom. 3:21 e 22) é o que Paulo considera justificação (verso 20). Seu argumento pode ser parafraseado desta maneira: "A lei não pode salvar-vos do pecado. Isso significa que a lei não pode justificar-vos. Ela só pode indicar o vosso pecado. Se, porém, receberdes a dádiva da justiça de Deus, tereis justificação (salvação)." Só poderemos receber a dádiva da justiça de Deus se tivermos fé em Jesus Cristo. (H. Kiesler)
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Redenção significa: "ser libertado da escravidão pelo pagamento de um resgate." (Herbert Kiesler)
Veja este verso na Bíblia Viva: "No entanto Deus nos declara agora sem culpa das ofensas que fizemos a Ele se tivermos fé em Jesus Cristo. Aquele que tira os nossos pecados, sem termos que pagar nada em troca."
Um dos significados da palavra justificação é que quando cremos, Deus nos declara justos lançando a justiça de Cristo a nosso crédito (adaptado das lições do Dr. Kiesler)
25 ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos;
Verso 25 na Bíblia Viva:
"Deus destinou Jesus Cristo para sofrer em nosso lugar o castigo pelos nossos pecados, e assim esgotou toda a ira de Deus contra nós. Ele usou o sangue de Cristo como o meio de nos salvar da Sua própria ira. Deste modo ele estava sendo completamente justo, mesmo não tendo castigado aqueles que pecaram em tempos passados. Ele estava aguardando com paciência o dia em que Cristo viria para apagar aqueles pecados."
Embora a justificação não nos custe nada, a não ser o nosso orgulho, a Cristo custou seu próprio sangue (v. 25). A base da propiciação, o propiciatório, era a tampa de ouro da arca, que o sumo sacerdote aspergia com sangue. (Veja Hebreus 9:5) (Frederick B. Meyer)
O encontro da justiça (lei) e a misericórdia...
26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde está logo a jactância? Foi excluída. Por que lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
Bíblia Viva: "Podemos então nos gabar de termos feito alguma coisa para ganhar a salvação? Absolutamente, não! Por que? Porque a nossa salvação não está baseada em boas obras; e sim, está baseada naquilo que Cristo fez. E é por meio da fé que a recebemos."
28 concluímos pois que o homem é justificado [BV: declarado justo] pela fé sem as obras da lei.
29 É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,
30 se é que Deus é um só, que pela fé há de justificar a circuncisão, e também por meio da fé a incircuncisão.
Bíblia Viva: "Deus trata com igualdade a todos os que têm fé; todos mesmo, quer sejam judeus ou gentios são declarados justos se tiverem fé."
31 Anulamos, pois, a lei pela fé? De modo nenhum; antes estabelecemos a lei.
Bíblia Viva: "Então, se somos salvos pela fé, isso significa que não precisamos mais obedecer às leis divinas? Ao contrário! De fato, só quando confiamos em Jesus é que na verdade podemos obedecer a elas."
A justificação não é somente uma mudança nos registros no Céu de nossa condição de culpados para inocentes.
"Justificação é também uma experiência do coração", diz o Dr. Kiesler. "A graça é uma dádiva ao coração do crente. (Ver II Cor. 9:8 e 14; I Cor. 1:4 e 5.) Ela é o poder de Cristo manifestado na vida."..."A pessoa salva é aquela que recebeu o Espírito de Cristo." ..."A justiça de Deus é nossa quando recebemos o Espírito Santo."
Vejam: quando aceitamos, em nossa consciência, a voz e direção do Espírito, Ele, através dos méritos de Jesus, nos reconcilia com o Eterno, porque nossa mente, nossas vontades são mudadas e podemos manter comunhão constante com Deus.
Para meditar: Liberdade condicional?
Muitos cristãos aceitam intelectualmente a verdade da justificação pela fé, e acham que foram completamente perdoados por Deus. Mas vivem e se portam como se estivessem em liberdade condicional. [Pense no que isto significa...]
É o seu caso?
Encerrando, duas magníficas declarações sobre o assunto: uma de Lutero e a outra de Ellen White:
"Diante disso, é suficientemente evidente qual é a distinção entre a Lei e o Evangelho. A Lei nunca traz o Espírito Santo; portanto, ela não justifica, porque só ensina o que devemos fazer. Mas o Evangelho traz o Espírito Santo, porque ensina o que devemos receber." (Luther Works, p. 208)
"Só podemos ser habilitados para o Céu mediante a operação do Espírito Santo no coração; pois temos de ter a justiça de Cristo como credenciais nossas, se quisermos ter acesso ao Pai. Para que tenhamos a justiça de Cristo, precisamos diariamente ser transformados pela influência do Espírito, a fim de sermos participantes da natureza divina." (Mensagens Escolhidas, p. 374)
Que o Espírito de Cristo esteja em todos nós, nos transformando. Que nosso coração esteja aberto à Sua atuação.

12º Dia: Romanos 4:1-12 – Abraão justificado pela fé
Paulo não escolheu Abraão como exemplo por mero acaso. Abraão era o pai da nação judaica (Gen. 17:1-8). Se Paulo não conseguisse provar que a idéia da justificação pela fé estava firmemente ancorada no Antigo Testamento, teria sido chamado de herege pelos judeus. E Paulo realmente provou este ponto de vista (versos 1-5). Ele mostrou que porque Abraão creu em Deus, seus pecados foram cancelados e ele declarado justo e reto. (Observe que Rom. 4:3 é uma citação de Gen. 15:6).
Do exemplo de Abraão, vemos que a fé é mais que uma mera crença, um assentimento mental. É confiança que leva à ação. Fé é coisa prática. Não é fantasia. Fé significa risco. Abraão saiu, não sabendo para onde ia. (Comentários baseados nos escritos de Fritz Ridenour)
1 Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?
2 Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
Bíblia Viva: "As Escrituras nos dizem que Abraão creu em Deus, e que por isto Deus o declarou justo."
Abraão também foi salvo pela fé em Jesus Cristo. "Elevando-se acima do resto de seus contemporâneos, ele viu antecipadamente o fulgor do dia de Cristo e se alegrou. Jesus declarou em João 8:56: "Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu dia , viu-o e regozijou-se." (Frederick B. Meyer)
Abraão nasceu com natureza humana decaída e necessitava de um Salvador, mas não levou uma vida dominada pelo medo da condenação à morte Eterna. O Senhor "pregou o evangelho antecipadamente a Abraão" (Gál. 3:8, RSV). A morte de Abraão certamente seria eterna se Cristo não houvesse morrido e ressuscitado. (Ver I Cor. 15:17 e 18.) Mas o Senhor previu que seria bem sucedido em Seus esforços para resgatar a humanidade. (Herbert Kiesler)
4 Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida;
5 porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça;
6 assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus atribui a justiça sem as obras, dizendo:
7 Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
8 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado.
9 Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos: A Abraão foi imputada a fé como justiça.
10 Como, pois, lhe foi imputada? Estando na circuncisão, ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas sim na incircuncisão.
11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles na incircuncisão, a fim de que a justiça lhes seja imputada,
12 bem como fosse pai dos circuncisos, dos que não somente são da circuncisão, mas também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, antes de ser circuncidado.
Verso 12 na Bíblia Viva:
"E Abraão é pai espiritual também daqueles judeus que fizeram a circuncisão. Eles podem entender, pelo próprio exemplo dele, que não é este rito - a circuncisão - que os salva, pois Abraão também foi salvo só pela fé, antes da sua circuncisão."
Paulo foi brilhante ao demonstrar que Abraão tinha sido declarado como justo perante e por Deus ANTES da circuncisão, pela Fé no Salvador que viria (o Cordeiro que Deus providenciaria...). Assim, demonstrou que a circuncisão era somente um símbolo, sem valor real para a salvação.
Para meditação:
Está você recebendo constantemente a dádiva da justiça de Cristo? Entregando-se diariamente a Ele, poderá ter a presença de Cristo na vida. Paz com Deus, vitória sobre o pecado e contínuo estado de preparação para o Céu são os resultados dessa experiência emocionante. (Herbert Kiesler)

13º Dia: Romanos 4:13-25
Em Romanos 4 o apóstolo Paulo compara e contrasta LEI, OBRAS e MÉRITO com GRAÇA, PROMESSA e FÉ. Paulo dá a entender que os legalistas procuram obter salvação com base na lei, nas obras e no mérito. Mas ele esclarece que a salvação só pode dar-se pela graça, promessa e fé. (Herbert Kiesler)
13 Porque não foi pela lei que veio a Abraão, ou à sua descendência, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé.
A declaração de Paulo acerca das promessas de Deus a Abraão estava em acentuado contraste com as crenças dos rabinos. Eles afirmavam que todas as promessas foram feitas a Abraão com base à sua obediência à lei. Paulo salienta que Deus cumpre Suas promessas devido à fé de Abraão e de seus filhos espirituais. (Herbert Kiesler)
14 Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é anulada.
O que Deus prometeu a Abraão?
Ele lhe prometeu inúmeros descendentes (Gên. 12:2; 15:5) e a posse da terra de Canaã (Gên. 12:7) ... O Messias seria o seu Descendente por meio do qual se ofereceria vida eterna ao mundo inteiro (Gál. 3:8).
15 Porque a lei opera a ira; mas onde não há lei também não há transgressão.
Onde não há lei, não há transgressão:
Paulo parece estar usando essa declaração negativa para confirmar a veracidade de sua asseveração positiva, de que onde a lei existe, é revelada a transgressão e paira a ameaça de ira. Ele está procurando tornar claro aos legalistas que se a justiça não é pela fé, mas pela lei, não há esperança de salvação. (Comentário Bíblico Adventista)
[Ou: somente onde não há lei, não há transgressão...]
16 Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós.
17 (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem.
18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência;
19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara;
20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus,
21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer.
Ele tinha certeza, por exemplo, que mesmo matando Isaque, Deus cumpriria sua promessa de estabelecer sua (e Sua) descendência (Descendência) através dele, o ressuscitando...
Por que Paulo não mencionou o casamento de Abraão com Hagar e outros erros cometidos pelo patriarca?
Na epístola aos Gálatas, Paulo traz à lembrança dos leitores o erro cometido por Abraão. (Gál. 4:21-31). Sua tentativa de alcançar o cumprimento da promessa tendo um filho por meio de Hagar constitui um exemplo da experiência do velho concerto. As promessas de Deus são recebidas só pela fé. Elas não podem ser obtidas pelo esforço humano. Em Romanos 4, Paulo não menciona o lapso espiritual de Abraão, lembrando-nos de que não obstante as evidências em contrário, o patriarca confiou implicitamente na promessa de Deus. Foi por isso que Deus pôde imputar-lhe Sua justiça.
[Como nós,] Abraão não foi vitorioso em todas as batalhas, mas ganhou a guerra pela fé no Seu Redentor (Herbert Kiesler)
Mesmo Abraão, Moisés, João e até Enoque cometeram os seus deslizes; não foram perfeitos. Mas mesmo caindo, se levantaram ao olhar para o Salvador. O Dr. Kiesler nos diz o que devemos fazer quando nos deparamos com nossas deficiências espirituais:
1) Reconhecer a realidade da natureza humana. "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós." I S. João 1:8.
2) Não dar atenção às acusações de Satanás.
3) Não ficar desesperado.
4) Confessar os pecados e olhar com fé para Jesus.
5) Examinar a nossa vida e evitar situações que nos conduzam ao pecado.
Enquanto Satanás reinar [neste mundo], teremos de subjugar o próprio eu, de vencer fraquezas; e não há um ponto de parada. Não há um ponto a que possamos chegar e dizer que o alcançamos plenamente. (Ellen G. White.)
22 Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça.
23 Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado;
24 mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação.
Vejam como ficam mais claros estes últimos versos na Bíblia Viva:
21 Ele estava absolutamente certo de que Deus tinha poder para cumprir qualquer coisa que prometesse.
22 E foi por causa dessa fé que Deus atribuiu justiça a ele, e assim perdoou seus pecados e o declarou "sem culpa".
23 Ora, está dito nas Escrituras que a fé que Abraão possuía foi retribuída a ele com a justificação, não só para benefício dele.
24 Mas também para benefício de todos nós, garantindo-nos que Deus contará a nossa fé como justiça do mesmo modo como fez a Abraão - a nós os que cremos nas promessas de Deus, que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor.
25 Este Jesus morreu por causa dos nossos pecados e ressuscitou a fim de nos fazer justos para com Deus.
Vejam só o que ele quer dizer, resumindo: a fé de Abraão fortalece a nossa.
Quando ele só tinha a promessa e as evidências racionais e emocionais diziam o contrário, Abraão confiou em Deus e saiu vitorioso. Deus nos promete a reconciliação com Ele por Jesus. E com Ele, a vida eterna.
Confiamos nesta promessa?
Vivemos como esta promessa já seja uma realidade?

14º Dia: Romanos 5:1-11 – A justificação pela fé e paz com Deus
Muitos cristãos são acusados (e alguns com razão) de procurarem a salvação como se fosse uma "apólice de seguro contra fogo" que impede a ida para o lago de fogo, o acerto de contas final. Suas vidas, porém, não revelam resultado algum. Paulo fala aqui que o fato de ser cristão proporciona benefícios e resultados para esta vida - aqui e agora. (adaptado de Fritz Ridenour)
[O capítulo 5 de Romanos] ...descreve as bênçãos que acompanham a justificação. [...] Os que são reintegrados na comunhão com Cristo recebem o dom de Sua paz (Herbert Kiesler)
1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,
verso 1 na BLH:
Agora que fomos aceitos por Deus por meio da fé, temos paz com Ele por intermédio de Jesus Cristo, o nosso Senhor.
Muitos cristãos têm dificuldade para crer que sua culpa foi eliminada. Passam a vida condenando-se a si mesmos pelos pecados cometidos no passado. Alguns dizem crer que Cristo os perdoou, mas admitem que não conseguem perdoar a si mesmos. Essa atitude envolve uma blasfêmia inconsciente. Sem que o percebam, essas pessoas estão dizendo virtualmente: "Tenho uma consciência mais sensível do que Deus. Ele pode perdoar-me, mas eu não posso perdoar a mim mesmo." Como o grande apóstolo dos gentios, todo pecador precisa ouvir as palavras do Salvador: "Sua aflição acabou; Eu expiei completamente os seus pecados. Vá em paz." (Herbert Kiesler)
[Nota: Medite demoradamente neste último parágrafo. Veja se você tem certeza - racional e emocional - do perdão de Jesus e apodere-se com segurança da paz que Ele dá.]
2 por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.
verso 2 na Bíblia Viva:
Por meio de Cristo somos colocados nesta situação de bênção em que nos encontramos firmes pela fé; e, confiantes e alegres, esperamos ansiosos o dia em que veremos a glória de Deus e participaremos dela.
3 E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança,
verso 3 na BV:
Podemos nos alegrar, também, quando nos encontramos diante de problemas e lutas, sabendo que tudo isto é bom para nós - pois ajuda-nos a aprender a ser pacientes e a não desistir.
Paulo via nos sofrimentos um motivo de alegria (o que pareceria contraditório), porque a fé, uma vez confirmada, produz alegria e salvação.
A fé em Cristo dá poder para suportar as coisas quando se tornam difíceis. (Fritz Ridenour)
A lixa e a tesoura dos Senhor às vezes doem, mas sem a aspereza e os espinhos podemos abraçar nossos queridos sem machucá-los e nos achegarmos confiantemente (agasalharmo-nos como filhotes) a Deus.
4 e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança;
Alegria no sofrimento:
O cristão não está isento de tribulações e tristezas. (Ver Atos 14:22.) O apóstolo explicou como a fé cristã usa as tribulações para o aperfeiçoamento do caráter:"...o sofrimento produz perseverança...caráter...esperança". Aqui há uma seqüência natural de desenvolvimento. Não precisamos ser destruídos pelo sofrimento; pela graça de Cristo podemos perseverar. Assim, nos tornamos pessoas com caráter mais forte, mais confiantes nEle e mais vitoriosos sobre o pecado e a comiseração de nós mesmos. Então vem a realização da esperança: O Espírito Santo nos dá a glória do caráter de Jesus! (verso 5) (Herbert Kiesler)
Se Deus é o amoroso Pai celestial, por que Ele permite que Seus filhos tenham de passar por tantas dificuldades, aflições e sofrimentos?
1) Porque estamos no território do inimigo. É S. quem causa aflição e sofrimentos aos filhos de Deus.
2) Grande parte dos nossos sofrimentos resulta de um procedimento pecaminoso e insensato.
Pergunte a si mesmo: Quando tenho aprendido algo muito valioso: em tempos de serenidade, ou em tempos de adversidade? (Herbert Kiesler)
5 e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
verso 5 na BV:
Pois confiar e esperar as promessas de Deus se cumprirem, por mais que isto demore, não nos deixará decepcionados, porque sabemos o quanto Deus nos ama: pois o Espírito Santo que Ele nos deu encheu nossos corações com amor.
6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.
A cruz possibilitou que Cristo derrame o Espírito Santo com ilimitado poder sobre os crentes reconciliados com Deus (Ver. Luc. 24:49; Atos 1:8.) (Herbert Kiesler)
Cristo morreu a seu tempo:
BV: Cristo veio na hora certa.
Ao olhar para um relógio, uma menininha disse o seguinte: "Deus inventou o tempo para impedir que tudo aconteça ao mesmo tempo."
"Tudo tem o seu tempo determinado..." (Ecles. 3:1).
A História produz a ocasião propícia, e então Deus intervém no momento exato. "...vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho..." (Gál. 4:4.)
Jesus nasceu no tempo exato, quando os efeitos do pecado já estavam patentes ao Universo. Nosso Senhor repreendeu os fariseus por não discernirem "os sinais dos tempos" (S. Mat. 16:3).
Estamos nós interpretando os sinais dos tempos no mundo em nossa vida, ao estar tão claro a terrível e maravilhosa verdade da segunda volta de Cristo? Depende de nossa postura, ser terrível ou maravilhosa... (adaptado de Herbert Kiesler)
7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.
verso 7 na BV:
Mesmo que fôssemos justos e bons, não esperaríamos que alguém morresse em nosso lugar, embora isso fosse possível, mas muito difícil de acontecer.
8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
Existe amor maior que este?
9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Ira de Deus: Ele se afastando de nossa vida.
A punição é a inevitável conseqüência do pecado. (Ver Apoc. 14:10; 6:16 e 17.) A ira de Deus é a Sua justa e amorosa indignação contra o pecado. Quando alguém se identifica com o pecado e rejeita a graça de Cristo para abandoná-Lo, Deus, em sua misericórdia, separa esse indivíduo de Sua pessoas por toda a eternidade. O amor requer um Universo livre do pecado e de pecadores impenitentes. O amor permite que o pecador decida o seu destino. Ele livra o pecador arrependido das garras da morte eterna (João 3:16 e 36.)
10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Seremos salvos pela Sua vida:
BV: ...quantas bênçãos deve Ele ter para nós, agora que já somos Seus amigos, e que Ele está vivendo dentro de nós!
Nossa salvação abrange muito mais do que ser salvo daquilo que fizemos no passado. [...]
Que significa "ser salvo por Sua vida"?
1) Jesus intercede por nós no Céu.
2) Ele ouve e atende nossas orações.
3) Como nosso Irmão mais velho, Jesus cuida de nós e nos anima na jornada cristã.
4) Ele é o Bom Pastor, e nos faz repousar em pastos verdejantes, leva-nos para junto das águas de descanso, refrigera-nos a alma e nos guia pela vereda da justiça (Salmo 23:1-3).
5) Jesus habita em nosso coração pelo Espírito Santo.
Nosso Salvador coloca os Seus préstimos sacerdotais à nossa disposição. Sua constante intercessão constitui a garantia de nossa completa salvação. Por que será que oramos tão pouco? (Herbert Kiesler)
11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação.
verso 11 na BV: Nesta nova relação de amigos de Deus, nós nos alegramos nEle, porque foi por meio de tudo o que Jesus Cristo fez, que nós nos tornamos amigos de Deus.
Pode parecer ao cristão que ele está sozinho com seus problemas, suas provações e suas convicções. O cristão pode parecer pequeno e insignificante, mas ele tem a Palavra de Deus como garantia de que Deus cuida dele. (Fritz Ridenour)
Como um verdadeiro amigo cuida do outro.

15º Dia: Romanos 5:12-21 – Adão e Cristo
Revelador o comentário do pastor Meyer:
Essa é a passagem mais profunda e a mais fundamental de toda a epístola. Ela apresenta um vislumbre das coisas profundas de Deus (I Cor. 2:10).
Mas para captar todo o seu significado, precisamos lê-la vagarosa e atentamente, diversas vezes.[...]
Aqui Deus revela que a humanidade se acha unificada, não somente em Adão, mas também em Cristo. O pecado de Adão afetou a condição de todos os homens. Mas pela graça e obediência de "um só homem", Jesus Cristo, é garantida a todos os homens a oferta da dádiva gratuita. A culpa que recaiu sobre a raça humana pelo pecado de Adão, foi removida pela obediência do Filho do homem na cruz. Portanto ninguém é condenado por causa daquela primeira transgressão, nem é sentenciado por aquela primeira queda.
Num certo sentido, todos são justificados; isto é, Deus vê a cada um de nós, não na base da culpa global da raça, e, sim, na individual. Nós não somos mais condenados por causa de Adão, mas seremos condenados se nos recusarmos a valer-nos da graça de Jesus Cristo. Tudo que a humanidade perdeu por causa do pecado é colocado ao nosso alcance. Mais ainda, nós podemos atingir maiores alturas que Adão, bastando, para isso, que recebamos a abundância da graça de Cristo. (Frederick B. Meyer)
Devido ao pecado de Adão, todos os seus descendentes nasceram com natureza decaída, propensos a cometer pecado e sujeitos à morte. Devido à morte e ressurreição de Cristo, em todos os períodos da História houve livramento da condenação, poder para vencer o pecado e a certeza de que a morte será um sono temporário. Cristo era o "Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo" (Apoc. 13:8). Abraão nasceu com natureza humana decaída e necessitava de um Salvador, mas não levou uma vida dominada pelo medo da condenação à morte Eterna. O Senhor "pregou o evangelho antecipadamente a Abraão" (Gál. 3:8, RSV). A morte de Abraão certamente seria eterna se Cristo não houvesse morrido e ressuscitado. (Ver I Cor. 15:17 e 18.) Mas o Senhor previu que seria bem sucedido em Seus esforços para resgatar a humanidade. (Herbert Kiesler)
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.
13 Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta.
14 No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir.
versos 12 -14 na BV:
12: Quando Adão pecou, o pecado passou para a humanidade inteira. E foi por causa do pecado que a morte entrou no mundo todo, de modo que todas as coisas passaram a envelhecer e morrer, e é por isso que, desde então, todos morrem: porque todos pecaram.
13: Antes de haver a Lei de Deus dada aos homens, estes já pecavam, mas Deus não os julgou dignos de morte por causa dos pecados, porque não havia dado ainda as Suas leis, nem havia dito aos homens o que desejava que eles fizessem.
14: No entanto, desde os dias de Adão os homens morriam não porque estivessem desobedecendo uma lei que não tinha sido dada a eles (pois a Lei dada a Adão foi a lei de não comer do fruto proibido). Eles morriam porque também eram pecadores. [...]
[...] Adão era a figura daquele que havia de vir. (BLH)
15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.
verso 15 na BLH:
Mas o presente que Deus nos dá não é como o pecado de Adão. Pois muitos morreram por causa do pecado de um só homem. Mas a graça de Deus é muito maior, e ele dá a salvação gratuitamente a muito mais gente, por meio de um só homem - Jesus Cristo.
16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida.
Visto que o pecado de Adão "conduziu à condenação de todos os homens" (Rom. 5:18, RSV), como podemos ensinar que as criancinhas não são culpadas por ocasião do nascimento?
O princípio bíblico é que nenhum ser humano é castigado pela culpa dos pais. (Ver Deut. 24:16; Jer. 31:30; Ezeq. 18:20.) "É inevitável que os filhos sofram as conseqüências das más ações dos pais, mas não são castigados pela culpa deles, a não ser que participem de seus pecados." - Patriarcas e Profetas, p. 312.
Há importante distinção entre condenação e culpa. A criança que nasceu com AIDS está condenada a morrer da doença que adquiriu dos pais, mas não é culpada de algum pecado cometido por eles. Nós nascemos com a decaída natureza humana de Adão, que não pode viver na presença de Deus até ser transformada pelo Salvador. Nesse sentido, nós nascemos sob condenação. Mas não nascemos culpados do pecado de Adão. Só nos tornamos culpados quando resolvemos pecar. [...]
A culpa trazida pelo mundo pelo pecado de Adão resulta do fato de que a natureza decaída é predisposta a escolher o pecado. Nós nascemos com natural propensão para o mal. Antes da experiência do novo nascimento (justificação), o pecado era natural a todos nós. O ponto importante é que, para toda a humanidade, a condenação à morte eterna foi revogada pelo sacrifício de Cristo. (Ver João 6:33; Rom. 8:1.) Essa condenação incide sobre os que rejeitam a Cristo e escolhem o pecado. (Ver João 3:18 e 36.) (Herbert Kiesler)
19 Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.
20 Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
verso 20 na BV:
A Lei foi dada a fim de que todos pudessem ver como estavam longe de fazer a vontade de Deus. Entretanto, quanto maior é a nossa tendência para o pecado, ainda maior é a graça abundante de Deus nos perdoando e ajudando numa nova vida.
21 para que, assim como o pecado veio a reinar na morte, assim também viesse a reinar a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.
verso 21 na BLH:
Portanto, assim como o pecado dominou e trouxe a morte, assim também a graça de Deus, dominando por meio do seu poder salvador, nos traz a vida eterna, que é nossa por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor.
Como cristãos, podemos desfrutar a vida ao máximo em Jesus. Ao contrário dos que vivem sem Ele, podemos ter paz duradoura, pois temos a certeza da salvação eterna. Diante de pressões e dificuldades, podemos encontrar descanso no amor de Deus. (Herbert Kiesler)



16º Dia: Romanos 6:1-11 – Livres do pecado pela graça. O batismo
Quando somos justificados, nós morremos para o pecado e começamos uma nova vida pelo poder de Cristo. Essa vida de vitória é mantida do mesmo modo que começou: recebendo pela fé a justiça de Cristo . (Herbert Kiesler)
Não basta apenas entender, ainda que claramente, nossa posição em Cristo; precisamos tomar cuidado para que a doutrina resulte numa vida santa. Nada é mais prejudicial que aceitar uma verdade intelectualmente sem manifestá-la em nosso caráter. Muitos que se batem em defesa de detalhes de exatidão doutrinária mostram-se negligentes em relação às exigências de Cristo com vistas a uma vida que manifeste o amor divino. Por isso, após a forte exposição doutrinária, o apóstolo agora se propõe a debater o modo de se ter uma vida santa. A obra que Cristo realizou POR nós deve ser seguida por sua obra EM nós, com a libertação do poder do pecado. Todos os que crêem em Cristo são vistos por Deus incluídos em sua morte. Eles não fizeram expiação pelo pecado, mas morreram para uma vida egoística, para a satisfação pessoal, para a sujeição ao espírito do mundo, a cidadania na esfera terrena, e passaram, com Cristo, para uma vida de ressurreição em glória. Esse é o significado do rito do batismo. (Frederick B. Meyer)
1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça?
Uma boa definição de pecado é a feita pelo psiquiatra Dr. Menninger, como: "...a conduta que viola o código moral ou a consciência individual, ou ambos; o procedimento que aflige, prejudica ou destrói o meu próximo, ou a mim mesmo." (Citado por Herbert Kiesler)
2 De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?
Paulo desejava que eles parassem de cometer pecados que eram típicos de sua antiga vida na qual pecavam de maneira habitual. (Herbert Kiesler)
Nossa natureza é decaída, e pecamos com trágica regularidade. Um de nossos maiores problemas é não admitir que somos pecaminosos. E nutrimos, portanto, o pensamento de que somos "vítimas" de tudo o que acontece. O que a maioria de nós precisa é ser honesto consigo mesmo. Em vez de apresentar pretextos como este: "A sua teimosia me levou a isso", por que não dizer sinceramente: "Minha explosão de ira e minhas palavras ferinas foram pecaminosas. Desculpe-me!"? (Herbert Kiesler)
3 Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?
verso 3 na BV:
3: O poder do pecado sobre nós é quebrado quando nos tornamos crentes e somos batizados a fim de estarmos unidos a Cristo como uma parte dEle. Através de Sua morte foi esmagado o poder da natureza pecaminosa de todos nós.
4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
verso 4 na BV:
A natureza humana inclinada para o pecado, que vocês tinham, foi sepultada com Ele no batismo, quando Ele morreu. Quando Deus o Pai, com poder e glória ressuscitou a Cristo, Ele iniciou uma nova vida; assim, também vocês vivam, agora, essa nova vida.
Assim como Cristo morreu levando a nossa culpa, foi sepultado e ressuscitou para a plenitude da vida, nós também morremos para o pecado, somos sepultados no batismo e ressurgimos para nova vida com Cristo. O batismo por imersão é a única forma que representa corretamente tal experiência (Ver Mat. 3:16; João 3:23; Atos 8:39.)
O batismo só é significativo se antes dele o candidato morreu para o pecado. (Herbert Kiesler)
Alguns são sepultados vivos
"O novo nascimento é uma rara experiência nesta época do mundo. É por esta razão que há tantas perplexidades nas igrejas. Muitos, muitos que adotam o nome de Cristo não são santificados e santos. Foram batizados mas foram sepultados vivos. O próprio eu não morreu, e, portanto, eles não ressuscitaram para novidade de vida em Cristo." (Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista.)
5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição;
verso 5 na BV:
Vocês são agora uma parte dEle, pois que morreram com Ele, por assim dizer, quando Ele morreu; e agora participam da Sua nova vida, como também participarão da ressurreição, ressuscitando também com Ele.
Cristão é aquele que é um com Cristo num relacionamento pessoal. ... Paulo diz que tornar-se cristão significa que você não somente começa a seguir a Cristo, mas também que você se identifica com Ele, tornando-se parte dEle. E assim como Cristo venceu o poder do pecado mediante Sua morte e ressurreição, Ele também deu o golpe decisivo contra a antiga e pecaminosa natureza que faz parte de cada um de nós. (Fritz Ridenour)
6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado.
verso 6 na BLH:
Porque sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com Cristo na cruz para que fosse destruída, e assim não fôssemos mais escravos do pecado.
Como podemos libertar-nos da escravidão de nossa natureza? Seguindo a Jesus até o Calvário (Herbert Kiesler)
"E quando Cristo os atrai, levando-os a olhar à Sua cruz, para contemplar Aquele que os seus pecados ali cravaram, o mandamento desperta na consciência. É-lhes revelada a pecaminosidade de sua vida, o pecado que se acha arraigado em sua alma. Começam a compreender alguma coisa da justiça de Cristo, e exclamam: 'Que é o pecado, que exigir tão grande sacrifício pela redenção de sua vítima? Acaso se fez preciso todo esse amor, todo esse sofrimento, toda essa humilhação, para que não perecêssemos mas tivéssemos vida eterna?' " (Ellen G. White, em Caminho a Cristo.)
7 Pois quem está morto está justificado do pecado.
8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
Ao enfrentar tentações que parecem ser insuperáveis, você reivindica o poder de Cristo e Lhe agradece a vitória? Agradecer-Lhe antes de receber a resposta, é fé. E fé é a vitória! (Veja I S. João 5:4 e 5 : "Porque os filhos de Deus podem vencer o mundo. Assim, com a nossa fé conseguimos a vitória sobre o mundo. Quem pode vencer o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus")
9 sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele.
10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. [BV: ... mas agora, quanto a viver, Ele vive para sempre em contínua comunhão com Deus.]
versos 9 e 10 na BLH:
9: Sabemos que Cristo foi ressuscitado e nunca mais morrerá, pois a morte não tem mais poder sobre ele.
10: A sua morte foi uma morte para o pecado e valeu de uma vez para a sempre. E a vida que ele agora vive é uma vida para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

17º Dia: Romanos 6:12-23 – A lei, a escravidão e a graça
"Bem, de qualquer forma, não posso ser perfeito. Qual é o problema se eu peco só um pouquinho? Deus me perdoará."
Alguma vez já teve tal idéia? É uma armadilha típica para qualquer cristão, pois como ele deve saber, o fato de "estar salvo" não resolve todos os seus problemas com o pecado. Você está salvo da PENA e da CULPA do pecado - "justificado pela fé", conforme Paulo explicou nos capítulos 3 e 4 de Romanos. Mas o PODER do pecado ainda está ali, operando em você, tentando você. A conclusão natural, portanto, é deixar que "os deslizes lhe sobrevenham de todos os lados". Sempre há um I João 1:9, isto é: o confessar. Deus é fiel. Ele perdoa e purifica. E logo isso se torna uma espécie de jogo de "ganha-e-perde", mas no fim, você acaba perdendo, e você não se sentirá bem nessa situação. [...]
Paulo jamais alega que o cristão esteja isento da tentação, impermeável ao pecado, como que encerrado num recipiente plástico impermeável chamado "salvação". As tentações surgem ainda, mas o que Paulo quer dizer é que agora você não tem de escolher o pecado como se ele fosse sua única alternativa. Acha-se aberto outro caminho: o da obediência a Cristo. A escolha cabe a você! (Fritz Ridenour)
A verdadeira vida cristã começa com a rejeição radical de nossa antiga maneira de viver. Ao sermos justificados, somos crucificados com Cristo, e estamos, portanto, mortos para o pecado. Assim como Cristo ressuscitou dentre os mortos, devemos ressurgir para novidade de vida nEle. A experiência da justificação, a morte da antiga vida de pecado, envolve a dádiva da justiça de Cristo. O cristão é escravo voluntário da justiça. O resultado é santidade de vida (santificação), a qual abrange a obediência à lei de Deus. (Herbert Kiesler)
12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências;
verso 12 na BV:
Não deixem nunca mais o pecado dominar esse corpo fraco de vocês; e não cedam mais aos seus desejos pecaminosos.
Nossa natureza humana decaída certamente continua tendo propensões para o mal. Mas esse "eu" decaído é subjugado diariamente pelo poder de Cristo em nosso íntimo. (Ver Gál. 2:20.) Em Romanos 6:12, Paulo está falando sobre o perigo de CEDER aos impulsos de nossa natureza humana decaída. Quando fazemos isso, o pecado reina em nosso corpo. Quando Cristo reina na vida, o pecado não poderá fazê-lo. João enfatizou a mesma verdade. (Ver I. João 3:8 e 9.) Ele não ensinou que, embora o pecado habitual seja do diabo, o pecado ocasional é permissível. Todo pecado é do diabo, e se Cristo vive na vida pelo Espírito Santo, o pecado não poderá existir ali. [...]
A maioria de nós rejeitaria intelectualmente a idéia de pecar de modo casual, mas é provável que digamos subconscientemente: "Só esta vez!" A resposta a esta atitude é a cruz do Calvário. Considere o imenso sofrimento que o pecado custou a Deus. Por isso a graça é tão preciosa. (Herbert Kiesler)
13 nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
Deixemos que nossos membros sejam monopolizados por Deus de modo que não sobre nenhum espaço para o diabo (Efés. 4:27 - "Não deis lugar ao diabo".) (Frederick B. Meyer)
14 Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
O texto não está dizendo que a lei não precisa mais ser guardada. O livro de Romanos e muitas outras passagens das Escrituras contradizem essa idéia. Ver Rom. 3:31; 7:7; 8:3 e 4; Tiago 2:10-12; I João 2:4; Apoc. 12:17.) A mensagem de Paulo é que, estando a graça de Cristo (Sua poderosa presença divina) reinando no coração, podemos vencer todo pecado. A pessoa que está "debaixo da lei" é a que procura usar a observância da lei como meio de salvação. Em Romanos, antes disso, bem como em Gálatas e outras Epístolas, Paulo se opôs à observância da lei como meio de salvação. (Ver Rom. 3:20; Gál. 2:16; Efés. 2:8-10.) (Herbert Kiesler)
15 Pois quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.
versos 14 e 15 na BV:
14: Nunca mais o pecado há de voltar a dominar vocês, pois agora vocês não são obrigados pela Lei, mas estão livres sob a graça de Deus.
15: Quer dizer então, que agora nós podemos pecar à vontade, uma vez que nossa salvação já não depende de guardar a Lei, mas de receber a graça divina? É claro que não!
A santificação é uma obra diária.
Ninguém se engane com a crença de que Deus lhe perdoará e o abençoará enquanto está pisando a pés um de Seus mandamentos. A prática voluntária de um pecado conhecido faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e separa de Deus a alma. SEJA QUAL FOR O ÊXTASE dos sentimentos religiosos, Jesus não pode habitar no coração que desrespeita a lei divina. Deus só honrará aos que O honram. (Herbert Kiesler)
16 Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
Somos "escravos" voluntários daqueles a quem amamos: cônjuge, filhos e pais. E assim também, resolvemos tornar-nos escravos de Cristo, porque O amamos e Lhe entregamos a vida. (Herbert Kiesler)
A verdade, um grilhão? - Sim, em um sentido; porquanto ela prende a alma em voluntário cativeiro ao Salvador, dobrando o coração à suavidade de Cristo. (E. G. W.)
Se condescendemos com a zanga, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou qualquer outro pecado, tornamo-nos servos do pecado. Ninguém pode servir a dois senhores. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as sugestões do pecado, pois a carne cobiça contra o Espírito; mas o Espírito luta contra a carne, mantendo um constante conflito. `É aí que se faz necessário o auxílio de Cristo. A fraqueza humana une-se à força divina, e a fé exclama: "Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!" (E. G. W. em Mensagens aos Jovens)
Todos servimos a um poder superior, mas qual? O nosso verdadeiro dono e senhor, por mais que digamos o contrário, é indicado pela vida que levamos. Nós pertencemos àquele a quem obedecemos em momento de crise. (Frederick B. Meyer)
17 Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;
18 e libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça.
Você se torna semelhante àquele a quem você obedece. Se você é servo do pecado, isso significa frustração, desilusão, uma espécie de endurecimento cínico para com o evangelho. Mas se você é servo de Cristo, Ele molda a sua vida. Aquele a quem você se oferece tomará conta de você e será seu senhor e você seu escravo. E você se tornará semelhante àquele a quem você pertence!
Desse modo escolhemos um entre dois senhores. Servimos a Deus ou ao pecado. Alguns pensam que embora "pequem um pouco", ainda serão senhores de si em determinado hábito ou prática. Não é assim, porém. Você não domina o pecado; ele é quem domina você. Você pertence ao poder ao qual escolhe para obedecer. Você poderá ter aceitado a Cristo pela fé, porém, se a sua fé em Cristo não for constante e real, o pecado ainda governará a sua vida. (Fritz Ridenour)
19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação.
verso 19 na BLH:
Falo com palavras bem simples por causa da fraqueza de vocês. No passado vocês se entregaram inteiramente como escravos da impureza e da maldade para servirem o mal. Agora entreguem-se como escravos de Deus para viverem uma vida de santidade.
Em termos teológicos, "santificação" é: "colocarmo-nos à parte, para uso de Deus, mediante um viver santo de acordo com a vontade divina".
Ou, simplificando: "como deixar Cristo faça uma real diferença em sua vida". (baseado em Fritz Ridenour)
Justiça é santidade, semelhança com Deus; e "Deus é amor". I. João 4:16. É conformidade com a lei de Deus; pois "todos os Teus mandamentos são justiça" (Sal. 119:172); e o cumprimento da lei é o amor (Rom. 13:10).
Justiça é amor, e o amor é a luz e a vida de Deus. A justiça de Deus acha-se concretizada em Cristo. Recebemos a justiça recebendo-O a Ele. (E. G. W., em O Maior Discurso de Cristo.)
20 Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres em relação à justiça.
21 E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Pois o fim delas é a morte.
versos 20 e 21 na BLH:
20: Quando vocês eram escravos do pecado, não faziam a vontade de Deus.
21: Porém o que é que vocês receberam de bom quando faziam aquelas coisas de que agora se envergonham? Pois o resultado de tudo aquilo é a morte.
22 Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.
verso 22 na BV:
Agora, no entanto, estão livres do poder do pecado e são servos de Deus. E entre os benefícios que Ele dispensa a vocês, estão: a santidade e a vida eterna.
O ponto principal é que a justificação (o dom da justiça) resulta em santificação (santidade de vida). Uma é a causa da outra. Justificação é Cristo concedido; santificação é Cristo possuído (Herbert Kiesler)
Servindo o pecado, seremos levados à impureza, À iniqüidade e à morte. Se servimos a Deus seremos levados à justiça, à santificação, e dessa à vida eterna. Moldemos nossa vida pelos santos preceitos, como o metal se molda na fôrma (v. 17). Nossa recompensa será gozar no presente uma vida que é vida de fato. (Frederick B. Meyer)
Devemos crescer diariamente em amabilidade espiritual. Havemos de falhar muitas vezes em nosso esforços por copiar o Modelo divino. Muitas vezes havemos de prostrar-nos em pranto aos pés de Jesus, por motivo de nossas faltas e erros; mas não devemos desanimar; cumpre orar mais fervorosamente, crer mais plenamente, e de novo tentar, com mais constância, crescer na semelhança do nosso Senhor. (E. G. W. em Mensagens Escolhidas).
23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.
Paulo mostra aqui qual o fruto de seguir a cada um dos senhores a quem podemos nos submeter, completando o pensamento do verso 21. Nesta memorável frase, o apóstolo destaca a inconteste superioridade da recompensa de se submeter a Deus – a vida (...e vida em abundância...)Nós escolhemos o nosso senhor, e com ele, o nosso destino.
Que escolha faremos hoje?
Para meditar:
Você rejeitou as práticas pecaminosas de sua velha vida?
Como isso é possível? Por meio de uma oração de entrega total e passando cada dia algum tempo com cristo e Sua Palavra, permitindo assim que Ele alimente sua vida espiritual.

18º Dia: Romanos 7:1-6 - A analogia do casamento
Paulo deseja, aqui, esclarecer um ponto importante. Ele abre o assunto dizendo que o cristão não está casado com a lei. Naquilo que concerne à lei, ele "morreu", e agora é um com Cristo. (Fritz Ridenour)
Para deixar mais claro o seu pensamento, o apóstolo introduz uma parábola tirada da vida doméstica. Diz ele que estamos casados com a Lei, que é nosso primeiro cônjuge, e procuramos, através de nossa união com esta lei, frutificar para Deus.
Cada convertido se esforça seriamente no primeiro impulso da nova vida, para ser bom e produzir, por meio de esforço incessante, uma vida que seja agradável a Deus. Como Caim, trazemos o fruto da terra, arrancado do solo com o suor do rosto. Mas logo, logo, nos sentimos desapontados com o resultado. Nosso laborioso cuidado sempre termina em fracasso [os frutos podres das obras]. Os desejos pecaminosos são muito dominadores. Então verificamos que a cruz pôs a morte entre nós e o nosso penoso esforço. Descobrimos que o contrato de casamento que nos unia ao nosso primeiro cônjuge, a Lei, foi dissolvido. Agora estamos livres para celebrar uma união matrimonial com o bendito Senhor, e ele, por meio do Seu Espírito que em nós habita, opera em nós o que nós, com nossas próprias energias, não conseguimos produzir. (Frederick B. Meyer)
1 Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive?
verso 1 na BV:
Sabem vocês, meus irmãos, conhecedores da Lei, que a Lei tem poder sobre uma pessoa somente enquanto ela está viva?
2 Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido.
3 De sorte que, enquanto viver o marido, será chamado adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido.
4 Assim também vós, meus irmãos, fostes mortos quanto à lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressurgiu dentre os mortos a fim de que demos fruto para Deus.
verso 4 na BLH:
É o que acontece com vocês, meus irmãos. Do ponto de vista da Lei, vocês também já morreram porque são parte do corpo de Cristo. E agora pertencem a ele, que foi ressuscitado para podermos viver vidas úteis para Deus.
5 Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
verso 5 na BV:
Quando a velha natureza ainda era ativa, havia desejos pecaminosos agindo dentro de vocês, dando vontade de fazer tudo aquilo que Deus não quer, produzindo obras pecaminosas, o fruto podre da morte.
Estávamos na "carne":
Isto não quer dizer meramente que éramos seres físicos. Quer dizer que éramos vítimas de nossos impulsos pecaminosos - não apenas os impulsos sexuais, mas todas as nossas propensões para o mal. [...]
suscitadas pela lei:
Paulo não estava criticando a lei ao insinuar que ela era responsável por nossas paixões pecaminosas. Ele simplesmente salientou a verdade de que no estado em que nos encontrávamos, como pessoas impulsivas, não convertidas e não justificadas, o conhecimento da vontade de Deus tornou-nos mais decididos a continuar no pecado. [sabemos que é errado e, assim mesmo, fazemos.]
A lei condenou- nos à morte por não estarmos dispostos a servir a Cristo, e nossa vida desenfreada nos conduzia à destruição eterna. (Herbert Kiesler)
Estarmos separados é Deus é morte, é não receber constante Sua comunicação de vida e amor com a renovação da nossa mente.
6 Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
verso 6 na BLH:
Porém agora estamos livres da Lei porque já morremos para aquilo que nos tornava prisioneiros. Portanto, somos livres para servir a Deus não da maneira antiga, obedecendo à Lei escrita, mas da maneira nova, obedecendo ao Espírito de Deus.
A lei não morre:
O primeiro marido não é a lei, mas a vida pecaminosa do indivíduo que não aceitou a Cristo como a solução de sua necessidade. O primeiro marido em Romanos 7:1-6 é o "velho homem" de Romanos 6:6. ... o velho homem do pecado é a nossa antiga maneira de viver, em que cedíamos habitualmente aos impulsos da natureza humana decaída. (Ver Efés. 4:22-24; Col. 3:1-10.) (Herbert Kiesler)
O que nos mantinha cativos?
No sentido primário, era a nossa vida pecaminosa que nos mantinha cativos. No sentido secundário, a lei nos mantinha cativos porque sua função de origem divina é condenar o pecador à morte. (Ver. Rom. 3:19 e 20; I Tim. 1:9.) Quando fomos justificados, o velho "eu" pecaminoso morreu, e ficamos livres dele. E também fomos libertados da condenação da lei. (Ver Rom. 8:1.)
velhice (caducidade) da letra:
Ao usar a palavra "letra", Paulo não se refere à vontade escrita de Deus. A palavra "letra" tem uma significação especial nos escritos de Paulo. Refere-se à tentativa de obedecer à lei sem estar ligado a Cristo.
O israelita que praticava a circuncisão exterior, e não a circuncisão do coração, estava servindo "segundo a letra" (Rom. 2:29). A "letra" significa a tentativa legalista de obedecer à lei de Deus, estando separado de Cristo.
A mensagem de II Coríntios 3 é que essa tentativa legalista resultará em fracasso. O legalismo mata, mas permitir que Cristo viva a Sua vida por nosso intermédio, de modo que por Sua divina presença e poder sejamos obedientes a Sua lei, é servir "em novidade de espírito" (Rom. 7:6.) (Herbert Kiesler)

19º Dia: Romanos 7:7-13 – A lei, modelo, e o pecado, o verdadeiro inimigo
Paulo não deseja que você fique com a idéia de que a lei é algo mau. O verdadeiro inimigo é o pecado - essência abominável que usa as boas leis de Deus para seus maus desígnios. (Fritz Ridenour)
7 Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
verso 7 na BV:
Bem, será que estou sugerindo que estas leis de Deus são más? Claro que não! A Lei não é pecaminosa, porém foi a lei que me apontou o pecado. Eu nunca teria sabido o que é pecado da cobiça que está em meu coração - os maus desejos e paixões que lá estão escondidos - se a Lei não dissesse: "Não cobiçarás".
O ensino de Paulo, de que morremos "relativamente à lei" (Rom. 7:4) e de que agora estamos "livres da lei" (Rom. 7:6), tem feito com que alguns cheguem à conclusão de que há algo de errado com a lei. Nos tempos modernos alguns têm deduzido que essas afirmações indicam que os Dez Mandamentos não vigoram mais para os cristãos. Paulo previu essa má compreensão do seu ensino. Ele perguntou: "É a lei pecado?" Rom. 7:7. Em outras palavras: "A lei deve ser responsabilizada pela triste condição em que nos encontrávamos?" A resposta de Paulo é inequívoca. Ele diz virtualmente: "Não há nada de errado com a lei. Ela é santa e boa. Faz exatamente o que deve fazer; indica o pecado, condena o pecador à morte, e chama-lhe a atenção para Cristo. "Eu é que sou pecaminoso. O problema é o meu pecado, não a lei de Deus." (Herbert Kiesler)
Use uma trena ou fita metálica para definir a função da lei. Ela serve para medir as coisas, mas não para modificá-las. "Muitos têm a idéia de que devem fazer sozinhos parte do trabalho. Confiaram em Cristo para o perdão dos pecados, mas agora procuram por seus próprios esforços viver retamente. Mas qualquer esforço como este terá de fracassar. Diz Jesus: 'Sem Mim nada podeis fazer.' " - Caminho a Cristo, p. 69. (Citado por Herbert Kiesler)
8 Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado.
9 E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
verso 9 na BV:
Era por isso que eu me sentia bem durante tanto tempo, pois não compreendia o que na realidade a Lei estava exigindo. Mas quando descobri a verdade, eu compreendi que havia quebrado a Lei e que era um pecador destinado a morrer.
Reviveu o pecado:
Literalmente: "o pecado voltou à vida". Paulo não dá a entender que antes da ocasião em que sobreveio o mandamento, o pecado [...] permanecera inativo em sua vida, e, sim, que ele [Paulo] não compreendera sua verdadeira natureza ou suas funestas conseqüências (verso 13). Com efeito, o pecado não sofrera restrições ao dominar-lhe a vida (v.5). Mas a chegada do "mandamento" impugnou a presença do pecado e seu direito de controlar-lhe a vida. O pecado despertou, então, a fim de manter sua autoridade ameaçada. Com toda perversidade e força, ele se manifestou em seu verdadeiro caráter - o de impostor, inimigo e assassino. (Comentário Bíblico Adventista)
10 e o mandamento que era para vida, esse achei que me era para morte.
verso 10 na BV:
Portanto, no que diz respeito a mim, a Lei de Deus foi feita para mostrar-me o caminho da vida, mas em vez disto aplicou-me a pena de morte, porque antes lhe desobedeci.
11 Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou.
12 De modo que a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.
Deus mesmo é retratado nas Escrituras como justo, santo, reto e bom. (Ver Mat. 19:17; Sal. 25:8.) Paulo enalteceu a lei, dizendo que ela é santa, justa e boa, porque a lei constitui uma transcrição do caráter de Deus. Romanos 7 engrandece a lei, apresentando-a como a grande norma de justiça. A questão considerada por Paulo é a seguinte: "Como poderá uma vida como a minha, tão vacilante e em desarmonia com a perfeita lei de Deus, atingir o padrão de justiça que Deus requer?" (Herbert Kiesler).
13 Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se manifestasse excessivamente maligno.
verso 13 na BV:
Mas como pode ser isso? A Lei causou a minha condenação! Como, então, ela pode ser boa? Não foi a Lei, mas foi o pecado, coisa diabólica como ele é, que usou aquilo que era bom para levar-me à condenação. Portanto, vocês podem ver como ele é mau e terrível, levando o homem à morte! Porque o pecado se utiliza até das boas leis de Deus para seus próprios fins perversos.

20º Dia: Rom 7:14-25 – A desesperadora condição humana. A solução
O apóstolo apresenta uma exposição mais extensa de sua experiência pessoal falando da sua incapacidade para perceber o ideal divino que lhe fora revelado como uma meta a ser alcançada. A vida não transcorre suavemente. Há esforço, tensão, fracasso, consciência de pecado... Por que isso? É devido à falta de "poder para a salvação". Não somos fortes o suficiente para obter a vitória. Somos fracos por causa da carne. Existe como que um vazamento através do qual nossos bons desejos se esvaem como a água escorre de um vaso rachado. (Frederick B. Meyer)
14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual [BLH: é boa]; mas eu sou carnal [BLH: humano e fraco], vendido sob o pecado.
O ego constitui sempre a dificuldade. Antes de encontrarmos a Cristo, ou de sermos achados por ele, tentamos justificar-nos pelas obras; depois, tentamos santificar-nos por nós mesmos. Observemos como esses versículos estão cheios de verbos na primeira pessoa do singular - eu - e como se faz pouca referência ao Espírito Santo. (Frederick B. Meyer)
15 Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
16 E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
17 De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
[Paulo] Não estava se desculpando ao declarar: "Quem faz isto já não sou eu" (Rom. 7:17 e 20). Uma parte dele preferia não pecar, e outra parte não conseguia resistir ao pecado. (Herbert Kiesler)
18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
ou: ...ainda que a vontade de fazer o bem esteja em mim, eu não consigo fazê-lo. (BLH)
- Começo o dia com atos de devoção e me sinto muito bem...
- Mas logo em seguida topo com um obstáculo e entro em dificuldades... alguém que não aprecio, uma situação que não posso controlar, uma tentação atraente...
- Sei que eu não deveria permitir que tal coisa me apanhasse desse modo. Afinal, não é bom testemunho...
- Não importa, porém, para onde me volte, o quanto me esforce...
- Eu erro tudo, termino derrotado, atado com nós, um escravo do pecado...
Sejamos honestos: Esta "nova vida em Cristo" não é nada fácil.
Chegamo-nos a Cristo como pecadores. Somos salvos pela admirável graça de Deus. Somos perdoados e justificados perante Deus.
...Mas ainda somos pecadores mesmo depois que cremos....
Paulo descobriu este fato. Ele admitiu que estava "completamente corrompido" (v. 18) (Fritz Ridenour)
19 Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Verso 20 na BLH:
Agora, se estou fazendo aquilo que não quero, é simples dizer onde está a dificuldade: é o pecado que ainda se encontra firmemente alojado dentro de mim.
21 Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Verso 21 na BLH:
Assim eu sei que é isto que acontece comigo: quando quero fazer o que é bom, só sou capaz de fazer o que é mau.
Intelectualmente, Paulo estava persuadido de que a Lei de Deus era justa; mas devido à debilidade de sua natureza decaída, não conseguia obedecer a Deus. (Herbert Kiesler)
22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
23 Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
O físico contra o espiritual:
Paulo não estava pensando num dualismo ainda comum entre o povo cristão de por o físico e o espiritual em oposição um ao outro. Sua idéia promanou da convicção de que Deus criou todas as coisas e de que todo o nosso ser - corpo e alma - pertence a Ele. Pecado é revolta do homem contra Deus - uma rebelião que comumente encontra sua sede em nossa natureza física, mas enfatiza a distinção entre o bem e o mal, e não entre a alma e o corpo. (The Interpreter's Bible, citado por Herbert Kiesler)
A dicotomia (separação) mente x corpo reflete um pensamento antigo grego, levando ao pensamento que a mente deveria dominar o corpo. A idéia cristã é a de um homem integrado, onde sua razão e emoções sejam renovadas pelo Espírito (Rom. 12:2.)
24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
25 Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.
versos 23, 24 e 25, reordenados, na BV:
Contudo, existe alguma coisa lá em minha natureza inferior, que está em guerra com a minha consciência e acaba ganhando esta luta, fazendo-me escravo do pecado que ainda está dentro de mim. Em minha mente desejo de bom grado ser um servo de Deus mas, em vez disso, vejo-me ainda escravizado ao pecado. Assim, vocês podem ver como isto é: minha nova vida manda-me fazer o que é correto, porém a velha natureza que ainda está dentro de mim gosta de pecar. Que situação terrível esta em que estou! Quem me livrará da escravidão deste corpo que está me levando para a morte? Mas, graças a Deus! Isso foi feito por Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele me libertou.
Romanos 7:14-25 se refere a duas experiências humanas:
a) A experiência da pessoa que está servindo na "caducidade da letra" (Rom. 7:6). Essa pessoa está inteirada da perfeição da lei de Deus, mas ainda é incapaz de obedecer a ela, porque o "velho homem" do pecado ainda não morreu. ... Cristo não pode reinar no coração. O resultado é que a vida está em desarmonia com a lei de Deus;
b) A experiência da pessoa que experimentou o novo nascimento (justificação), mas se afasta temporariamente de sua ligação com Cristo. Paulo viu este perigo ao dizer que, pela graça de Cristo, ele dominava a sua natureza humana decaída, para que tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (I Cor. 9:27). (Herbert Kiesler)
Estou refletindo a imagem de Cristo?
Já percebeu que, embora você renove constantemente sua entrega a Cristo, às vezes cai em pecados que detesta? Consegue ver por quê?
Será por uma ou outra destas razões?
* Há alguns pecados que não quero abandonar.
* Não oro, e não estudo diariamente a Palavra de Deus.
* Não recorro a Cristo no momento da tentação.
* Confio demais em minha força de vontade.
Quando oro por vitória, deixo de reivindicá-la pela fé, e de dar graças ao Senhor. (Herbert Kiesler)
O fato inevitável é que por nós mesmos não conseguimos fazer o que é certo. Simplesmente não o fazemos. O conhecimento das regras, mesmo da regra áurea ou que outra seja, não nos capacita a obedecer. Continuamos caindo na armadilha chamada pecado, porque escolhemos cair. A velha natureza ainda está presente em cada cristão, tentando impedir que a nova natureza assuma o comando. E não há "coexistência pacífica". O cristão é uma "guerra civil ambulante".
Paulo tem a resposta para ganhar esta guerra.
Primeiro você tem de estar seguro de que entende quem está lutando nesta guerra, e depois você precisa de boa estratégia militar.
O seu plano de batalha está no capítulo 8 de Romanos. (Fritz Ridenour)
Essa experiência sombria que termina em vaidade, aflição, desapontamento e miséria, leva ao capítulo seguinte, que está saturado de poder pentecostal. Uma leve previsão disso já nos reanima, como o cheiro da terra firme reanima animais que adoecem em longas viagens marítimas; e nós agradecemos a Deus. (Frederick B. Meyer)

21º Dia: Rom. 8:1-11 – Nenhuma condenação. A vida no Espírito Santo
Vida Nova no Espírito.
Esse capítulo pode, acertadamente, ser chamado "o capítulo do Espírito Santo". O apóstolo como que manteve esse grande tema num segundo plano até que tivesse preparado o terreno, mostrando-nos nossa incapacidade para atingir nosso ideais sem o reforço da energia divina. [...]
O Espírito aqui, naturalmente, é o Espírito Santo, por meio de quem Cristo habita em nós. (Frederick B. Meyer)
Quando Cristo habita no coração do crente por meio do Espírito Santo, Ele provê o poder necessário para vencer o pecado e para viver plenamente em harmonia com a vontade de Deus. [...]
Comparação entre Romanos 7 e 8:
Certo dia, um homem carrancudo postou-se numa movimentada esquina da cidade de Chicago, Estados Unidos. à medida que as pessoas iam passando apressadamente, ele erguia o braço, apontava para alguém que estivesse bem próximo e dizia em voz alta: "CULPADO!" Retornava então para a posição anterior, levantava outra vez o braço e, apontando para um transeunte, pronunciava solenemente a palavra "CULPADO!" O efeito dessa estranha pantomima [expressão por meio de gestos] era dramático. Um homem até chegou a virar-se para o amigo e perguntar: "Como é que ele ficou sabendo?"
O homem postado na esquina representa a experiência religiosa descrita em Romanos 7. É a religião de incessante esforço e labuta pela obtenção de retidão moral e aprovação da parte de Deus. As pessoas que adotam tal espécie de religião ficam completamente esgotadas na tentativa de construir sua própria rodovia para o Céu, pois só experimentam derrota e frustração. [...]
Em Romanos 8, Paulo partilha o segredo de sua nova vida em Cristo. É uma vida de certeza, de ser amado, de filiação e de libertação do opressivo fardo da culpa. Nos versos iniciais ele delineia completo sistema de crença cristã - o desígnio de Deus, a vida e a morte de Cristo, a presença e o poder do Espírito, a gravidade do pecado e o livramento de seu poder. Em Cristo não há condenação; o fardo da culpa desapareceu; Jesus provê liberdade e alegria. (Herbert Kiesler)
1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Por que não há condenação para os que conhecem a Cristo? Tendo levado os nosso pecados sobre Si, na cruz, Cristo pode perdoar-nos e purificar-nos. Mas há algumas condições:
a) Precisamos crer nEle como Salvador e Senhor (Rom. 1:16).
b) Precisamos estar dispostos a confessar os nossos pecados (I. João 1:9).
c) Precisamos estar dispostos a não andar "segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rom. 8:1 e 4).
"Nenhuma condenação" significa justificação, incluindo a libertação "do corpo desta morte" (Rom. 7:24); isto é, do domínio do pecado e da condenação a que está sujeito o que é carnal. Jesus Cristo é o poder que produz o "novo homem", quando morre o "velho homem" do pecado (justificação). Num sentido bem real, Jesus Cristo é o novo Homem que dirige a vida do crente justificado. Sua habitação no coração perdoado traz a cura dos danos causados pela culpa e libertação da condenação da lei. (Herbert Kiesler)
os que estão em Cristo:
os que estão unidos com Cristo Jesus (BLH);
aqueles que pertencem a Cristo Jesus (BV).
James S. Stewart declara que a expressão "em Cristo" (ou outras expressões equivalentes) ocorre 164 vezes nos escritos do apóstolo Paulo. Ele diz que quando falamos sobre estar "em Cristo", estamos, em certo sentido, fazendo uma confissão de fé e formando uma parte da cristologia. E prossegue dizendo que tal expressão declara alguma coisa a respeito de nossa própria pessoa, mas algo muito mais importante a respeito de Jesus; a saber, "que Jesus não é meramente um fato histórico e um eminente personagem do passado, mas um Espírito vivo e presente, cuja natureza é a própria natureza de Deus." Paulo é o originador desse "novo termo técnico". (A Man in Christ, p. 154 e 155.)
Jesus disse: "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós." João 15:4. (Herbert Kiesler)
2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte ["...do círculo vicioso do pecado e da morte." BV]
A "lei do pecado e da morte" não são os Dez Mandamentos. É a "lei nos meus membros" (Rom. 7:23), a natureza carnal que domina quando não sou dominado pelo Espírito de Cristo. (Herbert Kiesler)
O que é que Paulo está dizendo? Não havia ele acabado de admitir que não poderia ter êxito, que jamais poderia obedecer à lei por melhor que ela fosse? Sim, esse é o ponto. Quando tentamos obedecer à lei, estamos tentando FAZER ALGO POR DEUS. Mas quando seguimos o Espírito Santo (vs. 4-5), permitimos que Deus FAÇA ALGO POR NÓS.
Alguns cristãos fracassam porque nem mesmo sabem que têm o Espírito Santo dentro deles. Mas talvez um número bem maior de cristãos fracassem porque o conceito que guardam de ter o Espírito Santo dentro deles não passa de uma bela idéia ou um chavão teológico convencionado, que nada tem a ver com a realidade de suas vidas.
Mas o Espírito Santo não é apenas não é apenas um "conceito". Ele é uma Pessoa. Ele é o Espírito de Cristo e tem muito a ver com a sua vida. (Fritz Ridenour)
3 Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne ["...e Ele dando-se a Si mesmo como sacrifício por nossos pecados, destruiu o domínio do pecado sobre nós." - BV];
A lei:
A "lei do pecado e da morte" (Rom. 8:2) não é a "lei" dos versos 3 e 4. Esta última é a mesma lei mencionada em Romanos 7:7, 12, 14 e 22, Constitui a vontade de Deus expressa nos Dez Mandamentos e apresentada de maneira mais pormenorizada em todas as Escrituras. (Herbert Kiesler)
O que era impossível à lei:
A lei não podia salvar a pessoa alguma, porque sua função não é salvar, mas ser o padrão de justiça (Rom. 3:20; Gál. 2:16), apontando o pecado e dirigindo o pecador a Cristo. Aquele que transgrediu a lei de Deus não pode ser salvo por seus esforços pessoais para obedecer no futuro. A culpa do passado não poderá ser eliminada pela obediência no futuro. (Herbert Kiesler)
Um colega de trabalho me contou nestes dias um fato que exemplifica bem isto: Ele tinha ido visitar um presidiário que no passado levou a vida de forma muito irregular, dando golpes financeiros em muitas pessoas.
Certo dia resolveu mudar. Conseguiu emprego fixo e tudo ia bem até que a empresa, como de praxe fazia, pediu a sua folha corrida no Fórum. Lá havia um processo "transitado em julgado", onde ele havia sido condenado à reclusão. Ato contínuo, foi emitido mandado de prisão e ele está cumprindo os seus dois anos de pena...
Cristo expiou a nossa culpa no Calvário (Rom. 5:8), para que os que O aceitassem pudessem ser perdoados e purificados (Rom. 5:17)
4 Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Carne e Espírito:
Ao usar a palavra "carne, Paulo refere-se à natureza humana pecaminosa, separada de Cristo, e a tudo que prende a pessoa ao mundo, e não a Deus. [...]
A "carne" não pode reinar onde reina o Espírito. (Herbert Kiesler)
5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Não há necessidade de viver em perpétua autocondenação. Como um passarinho, obedecendo às leis do vôo, é superior à lei da gravidade que o atrai para baixo, assim também o coração, onde a vida de Jesus é aplicada e sustentada pelas incessantes comunicações do Espírito Santo, obtém a vitória sobre a perpétua pressão degeneradora do pecado. (Frederick B. Meyer)
Você diz que deseja viver por Cristo e fazer o que é certo...
Há, porém, um grande problema, não é mesmo? Você está enfrentando esta guerra com certa dificuldade. No fundo, você nem deseja ganhá-la, pois isso significa que você perderia o comando das operações. Nesta guerra, porém, nenhum cristão é general. Todos nós somos soldados rasos, e as ordens que recebemos são de: seguir o Espírito Santo.
Em Romanos 8:5, Paulo deixa muito claro para você essa questão da escolha: "Aqueles que se deixam controlar por sua natureza pecaminosa vivem tão-somente para agradar a si mesmos: mas aqueles que são controlados pelo Espírito Santo só querem fazer as coisas que agradam a Deus" [BV]. E olhe, é uma coisa interessante... agradando a Deus, você agrada também a si mesmo. Cristo vence o pecado e você ganha a guerra interior. (Fritz Ridenour)
6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
verso 6 na BLH:
Ter a mente controlada pela natureza humana produz morte; mas ter a mente controlada pelo Espírito produz vida e paz.
7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
verso 8 na BV:
É por essa razão que nunca podem agradar a Deus aqueles que ainda estão sob o controle de sua própria natureza pecaminosa, inclinados a seguir seus antigos desejos malignos.
9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
verso 9 na BV:
Vocês, porém, não são assim. Vocês são controlados pela nova natureza se tiverem o Espírito de Deus morando em vocês (E lembrem-se de que se alguém não tiver o Espírito de Cristo morando nele, esse não é crente de modo nenhum!)
10 E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. ("...para vocês o Espírito de Deus é vida porque vocês têm sido aceitos por Deus." BLH)
11 E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. ("...por meio desse Espírito Santo que mora em vocês - BV)
Estes versos [Rom. 8:9-11] constituem o âmago do livro de Romanos. Na realidade, eles expressam a própria essência do evangelho. Porque Cristo morreu pelos nosso pecados, ressuscitou dentre os mortos e está agora intercedendo por nós, podemos ter o dom de Sua justiça. (Herbert Kiesler)
Para meditar:
A mente é o campo de batalha ou o lugar em que as vitórias são ganhas ou perdidas. O que Paulo nos diz é que devemos concentrar nossa mente no que o Espírito deseja. Escolhemos sobre o que queremos pensar. Se decidimos pensar nas coisas espirituais, isso possibilita que o Espírito Santo nos dirija a mente. Devemos desviar o pensamento daquilo que é carnal, como a ira, a inveja e a concupiscência. A mente precisa aprender a demorar-se em assuntos elevados. Paulo disse: "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra;" Col. 3:2. (adaptado das lições do Dr. Kiesler)
Como podemos defender-nos do poder de sugestão da parte de Satanás?
Algumas respostas:
1) Podemos controlar o aparelho de televisão;
2) Sendo prudentes na escolha de músicas, fitas, discos e vídeos;
3) Sabendo escolher os livros e revistas que lemos;
4) Pelo poder de Cristo podemos concentrar a atenção naquilo que é puro e proveitoso (Herbert Kiesler)

22º Dia: Rom. 8:12-17 – Filhos e herdeiros
12 De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
verso 12 na BLH:
Portanto, meus irmãos, temos uma obrigação, que é a de não viver de acordo com a nossa natureza humana.
13 Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
Em nenhum estágio de nossa peregrinação terrena podemos dispensar o poder do Espírito de Deus para libertar-nos dos feitos do corpo [natureza humana/velho homem]. (Frederick B. Meyer)
14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
...existe uma outra função do Espírito divino, que é ainda mais bendita (v. 14). Ele está desejando guiar-nos, impulsionar nossas ações, inspirar nossos propósitos e moldar nosso caráter. Quanto mais nos submetermos a Ele, tanto mais profunda se tornará nossa consciência daquela relação filial com Deus que está expressa no clamor: "Aba, Pai". (Frederick B. Meyer)
Não podeis mudar vosso coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as suas afeições; mas podeis ESCOLHER servi-Lo. Podeis dar-Lhe a vossa vontade; Ele então operará em vós o querer e o efetuar, segundo o Seu beneplácito. Deste modo toda a vossa natureza será levada sob o domínio do Espírito de Cristo; vossas afeições centralizar-se-ão nEle; vossos pensamentos estarão em harmonia com Ele." (Ellen G. White, em Caminho a Cristo.)
15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
verso 15 na BLH:
Porque o Espírito que Deus tem dado a vocês não os torna escravos e não faz que fiquem com medo. Ao contrário, o Espírito os faz filhos de Deus, e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: "Pai, meu Pai!"
16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
verso 16 na BV:
O Espírito Santo de Deus fala no íntimo dos nossos corações, dizendo que somos realmente filhos de Deus.
17 E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
...notemos o maravilhoso clímax (v. 17). Se nos submetermos ao Espírito Santo, ele nos conduzirá aos tesouros divinos e nos dirá para nos apropriarmos dos infinitos recursos que estão guardados para nosso uso, não na vida futura, mas nesta. (Frederick B. Meyer)
Guiados pelo Espírito (Rom. 8:14):
Nem sempre as coisas não saem tão certinhas.
"O cristão realista está preparado para derrotas circunstanciais, mas ele nunca bate em retirada definitivamente. Seria preciso que a pessoa fosse perfeita para andar continuamente no Espírito sem dar nem um passo em falso. Há uma completa carência desse tipo de pessoas perfeitas deste lado da eternidade.
"O que você pode fazer é iniciar cada dia com uma decisão definida de que, PELA FÉ, você andará no Espírito, e não viverá somente para agradar-se a si mesmo. Quando você pecar, confesse-o no mesmo momento assim que reconhecer o erro. E mantenha-se no mesmo momento andando no Espírito. Para alguns cristãos o andar no Espírito é algo muito efêmero, e a causa dessa pouca duração, é só porque ele não tem a coragem necessária para admitir perante Deus (e perante os outros) que está errado, portanto não põe as coisas em ordem para poder prosseguir a partir daí. Se realmente você deseja andar no Espírito, ninguém está no seu caminho senão você mesmo. Dê o primeiro passo e vá em frente!" (Fritz Ridenour)

23º Dia: Rom. 8:18-25 – Os sofrimentos do presente e as glórias do porvir
Além de ficar livre do domínio do pecado, o cristão confiante tem também a esperança de um futuro glorioso com Cristo por toda a eternidade. Aquele que prefere viver "na carne" não tem nenhuma dessas bênçãos. O cristão considera suas aflições e tristezas como insignificantes em comparação com a alegria do livramento final de um mundo de pecado e da escravidão à natureza humana decaída. (Herbert Kiesler)
18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
verso 19 na BV:
Toda a criação ("o universo todo", na BLH) espera com ansiedade por aquele dia futuro em que Deus ressuscitará os Seus filhos.
20 Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,
verso 20 na BV:
Isto porque a criação de Deus, por causa do pecado, ficou sob o poder do adversário de Deus que a dominou, contra a vontade dela.
21 Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
22 Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.
ou:
"...geme e suporta angústias até agora." (Almeida RA)
Três gemidos pela redenção final:
a) Toda a criação geme (Rom. 8:22).
b) Nós que nascemos de novo pelo Espírito Santo gememos interiormente, aguardando o toque final da imortalidade (Rom. 8:23).
c) "O mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis." Rom. 8:26. O Espírito Santo sofre com o Seu povo, esperando ansiosamente o dia do livramento final de todos eles. (Herbert Kiesler)
Dores de parto:
O pastor George Vandeman, numa muito feliz comparação feita em uma palestra do "Está Escrito" ligou estas "dores de parto" que todos sofremos hoje (e até Deus...) às dores do parto de um mundo novo, com a segunda vinda de Jesus.
E, de certa forma critica aqueles que somente pensam nas dores deste parto que está muito próximo, como indicam as profecias. Ele diz: "Uma mulher que está para dar à luz, não fica amargurada pensando somente nas dores do momento do nascimento - ela vive antecipadamente a alegria de ter o bebê em seus braços, prepara o seu enxoval e o quarto."
Se as dores de parto estão fazendo você sofrer e gemer muito, deixe-se demorar um pouco mais na expectativa das maravilhas que Deus tem preparado para nós para muito em breve - coisas que não podemos sequer imaginar... (I Cor. 2:9) , incluindo o indizível privilégio de poder abraçar fisicamente nosso Salvador e Redentor.
Isto não é fuga da realidade como dizem alguns: isto é colocar as coisas no foco adequado, nos recarregando de energias para enfrentar a realidade, tantas vezes tão dura...
23 E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.
Verso 23 na BV:
Nós também esperamos ansiosamente aquele dia em que Deus nos dará plenos direitos como Seus filhos, inclusive os novos corpos que Ele já prometeu - corpos que nunca voltarão a adoecer, e nunca jamais morrerão.
O cristão aguarda o dia em que seu próprio corpo não será mais vítima da deterioração e da morte. (Fritz Ridenour)
24 Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?
O cristão pode enfrentar o futuro sem temor. Ele possui muito mais do que um simples conjunto de preceitos religiosos. Ele se relaciona diretamente com o Deus vivo! O Espírito Santo ainda faz mais para o cristão. Mediante o Espírito, o cristão tem esperança. A vida não é um beco sem saída. (Fritz Ridenour)
25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.
verso 25 na BV:
Entretanto, se precisamos continuar a esperar em Deus por algo que ainda não estamos vendo, isso nos ensina a esperar com paciência e certeza.
Para finalizar, repasso e recomendo a seguinte atividade prática proposta por Fritz Ridenour, no seu livro "Como ser cristão sem ser Religioso":
"Faça uma experiência baseado em Gálatas 5:16-25. Observe os resultados impuros de viver somente para si mesmo segundo os versos 19-21: 'Entretanto, se vocês seguirem inclinações erradas da carne, suas vidas produzirão os seguintes maus resultados: prostituição, pensamentos impuros; paixão pelo prazer carnal; idolatria, feitiçaria (isto é, incentivo à atividade dos demônios); ódio e luta; ciúme e ira; egoísmo; queixas e críticas; formação de grupinhos; e haverá também, doutrinas falsas, inveja, crimes, heresias, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas'.
"Algumas dessas áreas atingem você e seu modo de viver? Seja honesto e objetivo acerca de si mesmo, e não capcioso e falso quanto à sua espiritualidade. Assuma o compromisso de andar diariamente no Espírito pela fé, não pela sua própria vista (ou pela sua própria sabedoria). Veja como muitos desses resultados impuros do viver egoísta se transformam em frutos positivos mencionados nos versos 22-23: 'Mas quando o Espírito Santo controlar as vossas vidas, Ele produzirá em nós estes frutos: amor, alegria, paz, paciência, generosidade, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio...' ".
Após esta análise, faça uma oração, reafirmando sua escolha em servir a Deus, sua decisão que o Espírito conduza a sua vida e produza em si os Seus frutos.
Entregue sua vida, no dia de hoje "como um sacrifício vivo" (Rom. 12:1) a Deus.
Refaça a cada dia esta decisão e entrega.
Que Deus te abençoe e te guarde. Que você sinta o rosto de Deus tão próximo de você que o seu dia fique radiante. Que Ele te dê a paz.

24º Dia: Rom. 8:26-30 – A intercessão do Espírito
26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
Qual é a "fraqueza" a que Paulo se refere?
1) A fraqueza moral e espiritual;
2) O modo imperfeito como proferimos as nossas orações.
Os bebês choram porque não têm a capacidade de expressar suas necessidades em palavras. E as mães logo aprendem como atendê-los. Mas o Espírito Santo sabe intuitivamente como suprir as nossas necessidades.
Nossos "gemidos" podem ser comparados ao choro de um bebê. Mas o Espírito Santo ouve e compreende, e apresenta nossas necessidades a Deus. "O Espírito Santo investiga tudo, até mesmo os propósitos mais profundos e escondidos de Deus." I Cor. 2:10, BLH. "Segundo a vontade de Deus é que Ele intercede pelos santos." Rom. 8:27 . (Herbert Kiesler)
Somos tão falíveis e curtos de vistas que às vezes pedimos coisas que não nos seriam uma bênção, e nosso Pai celestial amorosamente nos atende às orações dando-nos aquilo que é para nosso maior bem - aquilo que nós mesmos desejaríamos se com vistas divinamente iluminadas, pudéssemos ver todas as coisas como elas são na realidade. ... Deus é muito sábio para errar, e bom demais para reter qualquer benefício dos que andam sinceramente. Não receeis, pois, confiar nEle, ainda que não vejais a resposta imediata às vossas orações. Apoiai-vos em Sua segura promessa: "pedi, e dar-se-vos-á." - (Ellen G. White, em Caminho a Cristo).
O Espírito Santo intercede...
O Espírito Santo já opera dentro de você. Além disso, Ele intercede por você. Seus problemas diários já não são mais somente seus. O Espírito Santo está sempre com você: basta, então, que você Lhe conceda o controle completo. (Fritz Ridenour)
27 E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.
verso 27 na BV:
E o Pai, que conhece todos os corações, evidentemente sabe o que o Espírito está dizendo enquanto Ele intercede por nós os crentes em harmonia com a própria vontade divina.
28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
[Leia mais abaixo os magníficos comentários sobre os versos 28 e 29.]
30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.
Comentário de Fritz Ridenour sobre Rom. 8:28 e 29:
Será que o texto de Romanos 8:28 faz sentido para o cristão?
Ah, sim, faz perfeito sentido. Na realidade, faz sentido somente para o cristão. ...
Está o texto de Romanos 8:28 tentando dizer-me que Deus está a par das minhas circunstâncias? Ele tem permitido que me aconteça este fato, este desapontamento, esta frustração, talvez mesmo uma tragédia. Se eu sei, porém, que Deus me ama e que eu amo, então minha pergunta não é "por quê?", mas "para quê?" ...
Tudo coopera para nosso bem, "...pois... fomos chamados de acordo com os planos dEle".
E quais são esses planos? Passe para o verso 29: O propósito de Deus é que tornássemos "...semelhantes ao Seu Filho".
Isto não significa que você deva tornar-se em algum tipo de cópia celestial feita a papel carbono. Deus sempre concede liberdade de escolha, liberdade para ser um indivíduo, uma pessoa. Mas Deus também conhece nossas fraquezas, nossos problemas - nossos pecados. É Ele que encaminha as circunstâncias da nossa vida, circunstâncias que operam quase da mesma forma que o escultor trabalha a pedra: lascando aquela irritação, aparando o orgulho, a decepção, o ciúme. Cada cristão é uma criatura diferente, mas Deus opera em todos nós, para nosso bem, tendo Seu Filho como modelo.
Quando você lê o contexto de Romanos 8:28, você começa a ver como todas as coisa realmente cooperam para o bem. A despeito de tudo que possa acontecer, sabemos que por trás está sempre o plano, o propósito de Deus e acima de tudo o Seu amor. Paulo prossegue e fala acerca desse amor à medida que leva o capítulo 8 da carta aos Romanos a um clímax. O vale da morte, do capítulo 7, ele já deixou bem para trás. Agora ele está para terminar a escalada de um pico espiritual que se eleva muito mais alto do que qualquer das mais altas montanhas da terra. Paulo sabe que, mediante Cristo, ele é mais do que um vencedor...

Resumo do Comentário de Ron Mehl sobre Rom. 8:28 e 29, no Livro "Deus Trabalha no Turno da Noite" (prêmio "Excelência em Literatura Cristã", da Abec 96), da Editora Quadrangular:
A maioria de nós pode identificar-se com os períodos dolorosos e sombrios de luta de uma borboleta ao romper de uma crisálida. [Sabemos que são estes momentos de luta que preparam e capacitam a borboleta para voar.]
Nos sentimos abatidos, frustrados e confinados. Ficamos cansados de lutar e labutar, imaginando o que Deus está querendo fazer em nossas vidas. É mais ou menos nessa hora - quando estamos em meio a alguma perplexidade penosa ou decepção tremenda - que algum cristão bem intencionado se aproxima e sussurra um certo versículo da Escritura em nosso ouvido.
Você pode imaginar que versículo é este? No geral, o que eles sussurram é o versículo de que eu menos gosto na Bíblia, Romanos 8.28. Aposto como alguém já o mencionou para você algumas vezes também. ...
Francamente, não quero escutar este verso quando estou sofrendo. Não quero escutá-lo quando estou triste. Não quero escutá-lo quando as circunstâncias puxam o meu tapete e me deixam confuso e desorientado, caído de costas no chão.
A verdade é que Romanos 8.28 não passa da metade de um pensamento. Romanos 8.28 não ajuda ou encoraja muito a não ser que você o ligue com a outra metade do pensamento - Romanos 8.29.
A razão do versículo 28 é o versículo 29. ... Nós somos chamados "segundo o Seu propósito", mas qual é esse propósito?
O versículo 29 esclarece: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou a serem conforme à imagem de Seu Filho..."
O que Deus está então fazendo em minha e na sua vida? Ele só pretende uma coisa, uma única coisa.
Ele está tornando você e eu mais parecidos com o Seu Filho. Ponto final.
[...]
Seu grande objetivo em sua vida - a razão dEle deixar você na terra - é torná-lo mais e mais como o Filho de Deus eterno.
Se não fosse isso, por que Ele não nos dá um bilhete-expresso para o céu no momento em que recebemos a salvação em Cristo? Por que não nos poupa os sofrimentos e pesares?
Ele quer que nos tornemos maduros em Cristo, realizados e completos. ...
Deus sabia então [quando entregou a terra prometida ainda a conquistar] (como sabe agora) que é o exercício da fé e a dependência do Seu poder e libertação que produzem maturidade e força em nossas vidas. De fato, é exatamente isso que nos conforma a Cristo. Mostre-me alguém que nunca enfrentou qualquer dificuldade ou oposição e lhe mostrarei alguém cuja vida é apenas superficial. Eu lhe mostrarei alguém que tem um longo caminho a andar em direção à semelhante de Cristo. [...]
A maioria dos artistas de quem ouvi falar gosta de muita luz em seus estúdios. Eles apreciam grandes janelas e clarabóias, luz dirigida para iluminar o que estão pintando, esculpindo ou moldando.
Todavia, Deus cria as suas obras-primas no escuro, no turno da noite.
Você é a tela.
A tinta e os pincéis são as suas provações e sofrimento.
O retrato é do Seu Filho.

25º Dia: Rom. 8:31-39 – As provas e a certeza do amor de Deus em Jesus Cristo
Depois do sofrimento e conflito do capítulo 7, o capítulo 8 de Romanos nos conduz à paz e à certeza do amor de Deus. Como depois da angústia do nascimento, a paz de dormir no colo da mãe; depois da turbulência das corredeiras da montanha, a calma da planície...
Desfrute de Romanos 8 - a certeza do cuidado que Deus tem por nós. Se possível, leia Romanos 8 durante alguns dias, para interiorizar este novo direcionamento para a sua vida cristã.
Nada nos separará do amor de Cristo.
Este é o fecho do arrazoado feito pelo apóstolo Paulo. Ele demonstra que os crentes são [mais] amados [ainda] por Deus porque estão em Cristo; que o Senhor anteviu todas as necessidades deles e as atendeu; que a culpa deles foi cancelada e que Deus tomou providências para que tenham um caráter santo e vitorioso; que o Espírito Santo está neles e com eles para sempre; que o pecado está debaixo dos seus pés e o céu acima de suas cabeças - o que, então, temer?
Em seguida, ele passa a demonstrar que o amor de Deus não é afetado, nem mesmo pelas mais extremas mudanças de nossa condição - "nem a morte, nem a vida" (v. 38); que não é retirado de nós nem pela ação de outra ordem de seres - "nem anjos, nem principados, nem poderes"; que está universalmente presente em toda a criação. E, finalmente, afirma que esse amor está "em Cristo Jesus nosso Senhor". Mas, para conhecê-lo e experimentá-lo precisamos estar unidos ao Senhor Jesus por uma fé viva. (Frederick B. Meyer)
[...]
Então seremos "mais do que vencedores"; isto é, não seremos apenas vitoriosos, mas tiraremos proveito das mesmas coisas que antes nos prejudicavam. (Frederick B. Meyer)
31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Deus não é contra nós; Ele é "por nós" [Esta é uma certeza que deveria estar bem plantada firmemente em nosso inconsciente, que, na maioria das vezes, sente o contrário...]
O acusador é o diabo (Rom. 12:10); Deus é o amoroso Salvador dos que aceitam a dádiva infinita de Seu Filho. (Herbert Kiesler)
32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Vós, que vos sentis o mais indigno, não temais confiar vosso caso a Deus. Quando Se entregou a Si mesmo em Cristo pelos pecados do mundo, assumiu Ele o caso de toda alma. [...] Rom. 8:32. Não cumprirá Ele a graciosa palavra que nos deu para nos animar e fortalecer? (Ellen G. White, em Parábolas de Jesus).
33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
verso 33 na BLH:
Quem acusará o povo escolhido de Deus? É o próprio Deus quem declara que eles não têm culpa.
34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades [BLH: nem anjos, nem outras autoridades, ou poderes celestiais] nem o presente, nem o porvir,
39 Nem a altura, nem a profundidade [BV: Mesmo o lugar onde estivermos - seja bem alto no céu, seja nas profundezas do mar] nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
O maior poder que conhecemos!
A Bíblia não promete escape ao sofrimento. Se ela o fizesse, então todo mundo ia querer tornar-se cristão, ao menos para evitar acidentes como: problemas, ataques cardíacos, câncer. Podia ser um bom motivo para ser "religioso", porém é um motivo muito fraco para ser cristão.
Em vez disso, Deus nos oferece Sua presença em todos os problemas da vida. Ele nos diz que nada pode abalar o amor que nos tem.
[...]
O Cristo que mora em você, Ele é a chave para a "santificação", para você adquirir força a fim de viver a vida cristã.
Creia, pois, em Cristo, confie nEle, ande com Ele no Espírito, procure corresponder ao Seu amor com todas as suas forças.
Esta é a diferença entre ser cristão e procurar, apenas, "ser religioso". (Fritz Ridenour)
Para meditação posterior:
[...]
Compare Romanos 8:37-39 com I Coríntios 15:54-58. (Fritz Ridenour)

26º Dia: Romanos 9:1-5 - Paulo e a incredulidade dos judeus
A esta altura de sua carta à igreja de Roma, Paulo insere o que alguns chamam de "parêntese" [João fez o mesmo em Apocalipse 7, ao responder, ele mesmo, à pergunta de Apoc. 6:17]. Ele faz uma pausa para falar a respeito de um assunto sobremaneira desagradável, para ele mais ainda que para os seus leitores: a rejeição, por parte de seus próprios patrícios, os judeus, do plano de Deus da salvação em Cristo. Paulo sabe que Deus está ligado aos judeus por pactos solenes. São esses pactos apenas promessas no papel? Negou Deus a Sua palavra ao oferecer salvação aos gentios? Age Deus por caprichos? Ou será que existe alguma falha em Seu plano? Leia cuidadosamente os capítulos 9-11.
[...]
Você verá que este parêntese é, em certo sentido, a viga mestra na estrutura de uma ponte que nos leva a compreender as diferenças vitais entre Cristianismo - uma resposta confiante a um Deus soberano que vem ao homem -, e Religião - o homem procurando agradar ou estimular a um deus que ele mesmo criou - ... (Fritz Ridenour)
1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo,
Nossa consciência deveria estar continuamente sendo banhada na luz e no calor do Espírito Santo (v. 1), de modo que o testemunho interno pudesse ser mantido em sua integridade. (Frederick B. Meyer)
2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração.
3 Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;
versos 1,2 e 3, reordenados, na BV:
Israel, meu povo! Meus irmãos judeus! Como desejo que vocês vão a Cristo! Meu coração está abatido dentro de mim, e eu me entristeço amargamente dia e noite por causa de vocês. Cristo sabe - e também o Espírito Santo - que não é fingimento meu quando digo que estaria pronto a ser condenado, eternamente separado de Cristo, se isso pudesse salvá-los.
Devemos amar o próximo como Moisés e Paulo amaram, para podermos compreender Êxodo 32.32 e Romanos 9:3. (Frederick B. Meyer)
Êxodo 32:32 - "Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste."
O interesse de Paulo pela salvação de seus irmãos e irmãs israelitas baseava-se no conhecimento que ele tinha da aridez espiritual do judaísmo legalista. A solicitude de Paulo pelos judeus era tão intensa que o apóstolo estava disposto a ser separado de Cristo para que eles pudessem ser conduzidos à fé no Salvador. Seu amor por eles e o desejo de levá-los a Jesus eram tão sinceros como o amor de Moisés por Israel depois que os israelitas haviam apostatado no Sinai. (Ver Êxodo 32:31 e 32.) Naturalmente, o Senhor não puniria a Moisés pelo pecado do povo (verso 33). E também não puniria a Paulo com a rejeição eterna por causa do pecado de Israel no seu tempo. (Herbert Kiesler)
4 os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas;
5 de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém.
A nação hebraica foi alvo de um maravilhoso privilégio pela "adoção" como primogênita de Deus, por ter a "glória" do shekinah, e por ser chamada para manter o testemunho do templo e seus "cultos" (v . 4). Mas esses privilégios foram concedidos, não para abençoar apenas a nação, mas toda a humanidade. É esse o significado da eleição. Há raças eleitas, para que possam partilhar o que receberam e comunicar a outros todas as bênçãos que lhes tenham sido confiadas. (Frederick B. Meyer)
O que eu, pessoalmente, achei mais significativo nesta passagem foi o amor de Paulo por seus compatriotas. Paulo, que era tão zeloso pelo judaísmo, a ponto de consentir com a morte do inocente Estêvão, passa a demonstrar em sua vida o desprendimento pela própria vida e o amor pelo semelhante que marcou a vida e sacrifício de Jesus.
Poderíamos dizer, em termos de hoje, que ele deixou de amar mais a igreja-instituição para amar mais a igreja-pessoas.
O encontro com o Salvador foi o que fez toda a diferença.
E quanto a nós?

27º Dia: Romanos 9:6-13 – A rejeição de Israel não é incompatível com as promessas de Deus
6 Não que a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todos os que são de Israel são israelitas;
verso 6 na BV:
Bem, então as promessas de Deus a Seu povo judaico falharam quando eles se recusaram a ser salvos? Naturalmente que não. Suas promessas são somente para aqueles que vêm a Ele. Só estes é que são verdadeiramente o povo de Israel. Apenas estes são judeus de verdade, pois nem todo aquele que é nascido de família judaica é verdadeiramente judeu.
É doloroso, mas temos que admitir que uma porção muito grande da raça hebraica perdeu os privilégios para os quais tinha sido habilitada, porque os viu apenas como meios de obter conforto e enriquecimento (v. 6). Essa foi a grande diferença entre Esaú e Jacó. (F.B. Meyer)
7 nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
Verso 7 na BV:
O simples fato de terem vindo da família de Abraão não os faz, na verdade, filhos de Abraão. As Escrituras dizem que as promessas se destinam somente ao filho prometido por Deus a Abraão - Isaque - e aos que vieram de Isaque, embora Abraão tivesse tido também outros filhos.
8 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como descendência.
Verso 8 na BLH:
Isso quer dizer que são considerados como os verdadeiros descendentes de Abraão aqueles que nasceram como resultado da promessa de Deus, e não os que nasceram de modo natural [Nota Rodapé: isto é, os descendentes de Abraão por meio de Ismael, o filho que Agar lhe deu.]
9 Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
Verso 9 na BV:
Deus havia prometido: "No próximo ano darei um filho a você e Sara".
Estes versos [6-9] expõem o assunto de todo o capítulo. Isaque é usado como ilustração do verdadeiro Deus de Israel. Porque era o filho da promessa, o qual Abraão crera que seria concebido e nasceria como cumprimento da predição de Deus, Isaque representa todos os que vivem pela fé em Cristo, quer sejam judeus ou gentios.
A mensagem de Paulo na carta aos Romanos é a salvação pela fé, e não pelas obras da lei. Os que, como Abraão, aceitam a justiça e a salvação pela fé, e não pelas obras, são considerados verdadeiros descendentes de Abraão, seja qual for a sua nacionalidade. (Comparar com Rom. 4:9-12 e 323-25; Gál. 3:6-9 e 14.)
Os que têm fé em Cristo são o verdadeiro Israel de Deus. (Herbert Kiesler)
10 E não somente isso, mas também a Rebeca, que havia concebido de um, de Isaque, nosso pai;
verso 10 na BLH:
E mais ainda: os dois filhos de Rebeca tinham o mesmo pai, o nosso antepassado Isaque
11 (pois não tendo os gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
Não houve uma preferência arbitrária da parte de Deus, pela qual ficassem excluídas de Esaú as bênçãos da salvação. Os dons de Sua graça por Cristo são gratuitos a todos. Não há eleição senão a própria, pela qual alguém possa perecer. Deus estabeleceu em Sua Palavra as condições pelas quais toda a alma será eleita para a vida eterna: obediência aos Seus mandamentos, pela fé em Cristo. Deus elegeu um caráter de acordo com Sua lei, e qualquer que atinja a norma que Ele exige, terá entrada no reino de glória. (Ellen G. White, em Patriarcas e Profetas.)
12 foi-lhe dito: O maior servirá o menor.
Versos 11 e 12, reordenados, na BLH:
Mas, para que a escolha de um deles fosse completamente de acordo com o propósito de Deus, ele mesmo disse a Rebeca: "O mais velho será dominado pelo mais moço." Disse isso antes de nascerem e antes de fazerem qualquer coisa, boa ou má. Assim, a escolha de Deus foi baseada no seu próprio chamado e não em qualquer coisa que eles tivessem feito
Jacó foi escolhido por causa da fé.
A declaração: "O mais velho servirá o mais moço", feita antes do nascimento dos meninos (Gên. 25:23), significava que Deus escolhera Jacó para que tivesse o direito de primogenitura espiritual e fosse o patriarca da família. No futuro os dois irmãos seriam culpados de graves pecados. (Ver Gên. 25:27-34; 27:1-41.)
Jacó arrependeu-se, e, pela fé, aceitou a salvação de Deus. Esaú persistiu em sua rebeldia.
Jacó não foi escolhido por Deus devido a suas boas obras futuras, mas porque o Senhor previu que ele seria um crente genuíno que receberia a dádiva da graça. (Comparar com Rom. 8:29.) Esaú foi rejeitado porque Deus previu que não aceitaria a salvífica graça divina. O Senhor ofereceu a salvação aos dois homens. (Comparar com Isaías 45:22.) Um atendeu ao convite, o outro não.
A passagem não ensina que a escolha de Jacó, por parte de Deus, foi independente da escolha da graça, por parte de Jacó. Ela ensina que a escolha divina não dependeu das boas obras de Jacó (Rom. 9:11). A fé não é uma obra que nos salva; constitui a resposta à graça divina. (Ver Rom. 5:17.) (Herbert Kiesler)
13 Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú. [BLH: "Eu amei Jacó, mas odiei Esaú."; BV: "Escolhi abençoar a Jacó, e não Esaú."]
Deus não "odiou" a Esaú (Rom. 9:13) no sentido moderno dessa palavra. O vocábulo grego, como o seu equivalente hebraico, é usado no sentido de "amar menos" ou "por de lado". Jesus usou a palavra desse modo. (Ver Luc. 14:26;João 12:25.) (Herbert Kiesler)
Está claro que o ABORRECI do versículo 13 nada mais significa do que um repúdio relativo, como o de Mateus 6.24 e Lucas 14.26. Na natureza do Deus de amor não pode existir nenhuma animosidade pessoal, excetuando-se o fato de que ele retira do infiel a plena manifestação e o fluxo do Seu amor. (Frederick B. Meyer)
Paulo está ilustrando a salvação pela graça, mediante a fé, em contraste com a salvação pelas obras. Assim como Isaque, Jacó é usado como símbolo dos que são salvos pela graça, e não por suas próprias obras. Esaú é o símbolo dos que são rejeitados por Deus porque não exercem fé. Paulo não está afirmando que o Senhor deu arbitrariamente a salvação a Jacó, e negou-a a Esaú. (Herbert Kiesler)

Comentários adicionais: Eleição e Predestinação.
O escopo de Romanos 9 - quem são os eleitos? Quem é o verdadeiro "Israel" de Deus?
Nos oito primeiros capítulos de Romanos , Paulo tratou dos assuntos doutrinários que os cristãos de Roma precisavam ouvir: a necessidade que o mundo tem do evangelho, o significado da justiça pela fé e a nova vida que Deus tornou possível por meio de Cristo. Em Romanos 9:1, o apóstolo começa uma nova linha de pensamento que termina em Romanos 11:36. Ele trata de problemas práticos na igreja de Roma. Havia diversos grupos étnicos e nacionais nessa igreja que em grande parte se compunha de gentios. Também havia prosélitos que se tornaram judeus aceitando o sinal da circuncisão, e que estavam, portanto, obrigados a guardar toda a lei judaica. Então havia as pessoas tementes a Deus que freqüentavam a sinagoga e aceitavam os ensinamentos básicos do Antigo Testamento, mas não se haviam colocado sob o jugo da lei judaica. A maioria provavelmente provinha do mundo gentílico, e para eles os costumes judaicos talvez parecessem estranhos e irrelevantes. Evidentemente, em Roma também havia muitos judeus que não aceitaram a mensagem de Cristo, mas estavam seguindo as tradições de seus pais. A igreja composta de indivíduos de formações culturais e pontos de vista diferentes enfrentava verdadeiro desafio para aprender como ter mútuo respeito e harmonia. A questão era se os cristãos que observavam a lei judaica no todo ou em parte podiam reivindicar alguma superioridade sobre os que não faziam isso. Deus rejeitara os judeus em favor dos cristãos? Quem são os eleitos? E quem constitui o verdadeiro "Israel" de Deus? O concerto que Deus fizera com Abraão e Moisés ainda tinha validade? Como uma sociedade tão pluralista podia viver em harmonia? ...[ Em Romanos 9] notaremos como Paulo procurou enfrentar esses problemas e reconciliar essa igreja.
...[Os cristãos sinceros, a igreja de Deus nesta terra] são também um conjunto de pessoas que diferem consideravelmente entre si. É um conjunto multiétnico, multicultural e multinacional. Que podemos aprender, portanto, do dilema enfrentado pela Igreja primitiva? (Herbert Kiesler)
Quem são os eleitos de Deus?
"Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para pertencermos a Ele, sendo unidos com Cristo, a fim de sermos somente dEle e estarmos sem culpa diante dEle. Por causa do Seu amor por nós, Deus já havia resolvido que nos faria Seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois esse era o seu prazer e a Sua vontade." Efés. 1:4 e 5, BLH. Deus escolhe aqueles que escolhem a Cristo e põem a confiança nEle. (Ver Efés. 1:11.) (Herbert Kiesler)
O problema da predestinação - origem:
Muitos comentaristas bíblicos têm usado Romanos 9 [e em especial o verso 11] como base para a sua doutrina de dupla predestinação. Este é o ensino de que nos tempos eternos, antes da Criação, Deus decretou que alguns seriam salvos e outros se perderiam; que os eleitos estão inevitavelmente salvos; e os condenados, inevitavelmente perdidos. De acordo com esse ensino, não há nada que esse grupos possam fazer para alterar o decreto divino quanto ao seu futuro.
Esse ensino tornou-se pela primeira vez uma questão séria na Igreja Cristã no tempo de Agostinho (354-430 d.C.), o famoso bispo de Hipona, no Norte da África. Agostinho ensinou que Deus só concede Sua graça aos eleitos, isto é, àqueles que devem receber o Seu favor imerecido, segundo a Sua decisão arbitrária. A graça de Deus concedida aos eleitos é irresistível; portanto, é certo que eles serão salvos. Ele disse que aqueles que não são assim escolhidos por Deus permanecem nos seus pecados e receberão a condenação eterna.
No século dezesseis, Lutero e Calvino aceitaram, em essência, o ensino de Agostinho sobre a predestinação. Desde então, a predestinação calvinista, de uma forma ou outra, tem sido muito influente em numerosas igrejas protestantes.
Jacques Armínio (1560-1609), o célebre teólogo holandês, combateu vigorosamente a doutrina da predestinação, defendida por reformadores anteriores a ele. Armínio ensinava que Deus previu quem aceitaria a Cristo, e quem não O aceitaria. Cada indivíduo recebeu o poder de escolher ou rejeitar a Cristo. Aqueles que, na previsão de Deus, escolheriam a Cristo como Salvador foram predestinados para a salvação. Aqueles que, na Sua previsão, rejeitariam a Cristo foram destinados para a morte eterna. A graça e a justiça de Deus são concedidas aos que escolhem crer, e vedadas aos que não querem crer.
Quanto a essa questão, os Adventistas do Sétimo Dia [em particular] são arminianos.
Sendo este um assunto comum no mundo hoje em dia, é essencial que compreendamos a mensagem de Paulo em Romanos 9. (Herbert Kiesler)

28º Dia: Romanos 9:14-24 - A soberania de Deus
14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum.
15 Porque diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão.
16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia.
17 Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra.
Mas não é somente por causa da ira de Deus que Ele rejeita a Esaú ou Faraó e depois passa a ter misericórdia de Seu povo escolhido. Deus sabia, antes de Esaú nascer, como ele agiria, e o que ele faria. Por causa desse comportamento descuidado de Esaú, Deus o rejeitou. Já Faraó foi rejeitado não porque Deus tenha decidido ser mesquinho, mas porque ele se recusou a reconhecer o Senhor. Faraó endureceu o coração em face da revelação miraculosa de Deus. O problema nunca está com o Deus santo, mas com o homem pecador. (Fritz Ridenour)
Faraó poderia ter crido.
Deus resolve ter misericórdia dos que têm fé em Cristo. (Comparar Rom. 9:14-16 com o verso 30.) A referência a Faraó é interpretada por alguns como indicação de que Deus endureceu intencionalmente o coração desse monarca porque ele estava predestinado à perdição. Mas não foi assim! Faraó decidiu não aceitar as advertências de Deus e crer nEle. É declarado que o Senhor endureceu o coração de Faraó (Êxo. 4:21; 7:23; 8:15); e também que ele mesmo [Faraó] endureceu o coração (Êxo. 8:32; 9:34; I Sam. 6:6.) Esse paradoxo (ou aparente contradição) é explicado por dois fatos:
a) Nas Escrituras, o que Deus permite é às vezes apresentado como tendo sido causado por Ele; mas o verdadeiro causador é Satanás;
b) Os amorosos apelos de Deus abrandam um coração e endurecem cada vez mais a outro coração, porque um decidirá aceitá-lo, e o outro não. O Sol endurece a massa de vidraceiro, mas derrete a manteiga. Apelos rejeitados resultam em cada vez maior separação de Deus. [Vejam o exemplo de Pedro e Judas...] (Herbert Kiesler)
O desígnio de Deus cumprir-se-ia na certa. Romanos 9:17 cita Êxodo 9:16. Deus disse que suscitara a Faraó "para mostrar em ti o Meu poder, e para que o Meu nome seja anunciado por toda a Terra". No contexto, a declaração de Deus faz parte de Sua repreensão a Faraó por não atender aos apelos do Senhor. O desígnio divino ter-se-ia cumprido, seja qual fosse a reação de Faraó. Se a resposta dele houvesse sido positiva, o nome de Deus teria sido exaltado na Terra. Mas quando decidiu rejeitar a Deus, Faraó foi destruído, e ainda assim o nome do Senhor foi exaltado. (Herbert Kiesler)
A passagem não contém nenhuma insinuação de que, tendo sido predestinado para a perdição, Faraó não teve outra alternativa senão adotar uma atitude negativa para com os apelos de Deus. O Senhor terá misericórdia dos que crêem e rejeitará os que não crêem. (Comparar Rom. 9:18 com Rom. 4:16) (Herbert Kiesler)
18 Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece.
Na primeira parte do conflito com o orgulhoso monarca egípcio, diz a Bíblia que ele endureceu o seu coração, e, depois, que Deus o endureceu (Êxo. 8.15; 10:20). Para o intransigente, Deus se mostra intransigente; isto é, os meios que ele usa para amolecer o coração e salvar o indivíduo irão endurecê-lo, assim como o sol que derrete a cera também endurece o barro. (Frederick B. Meyer)
As perguntas hão de sempre persistir. Nosso conhecimento é limitado, visto que somos apenas seres criados e não o Criador. Uma vez que Deus é amoroso e misericordioso (e temos certeza disto por causa de Jesus Cristo!), o milagre não é que Deus rejeita a homens pecadores e, sim, que Ele é misericordioso para com aqueles que estão longe de merecer misericórdia. Até é um milagre que Ele ainda não tenha destruído o mundo. (Fritz Ridenour)
19 Dir-me-ás então. Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?
20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
Deus não está sob julgamento. Ele governa o mundo de acordo com Sua vontade. Ele é soberano. Nós somos Sua criação. Portanto, não nos compete julgar nosso Criador. Não devemos ser críticos de Deus. Ele é que é nosso crítico. (Fritz Ridenour)
21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?
O Senhor toma a "massa" informe que representa o pecador arrependido e crente e molda-a à imagem de Cristo. A transformação é obra da graça de Deus, não o resultado de algum esforço humano. " (Herbert Kiesler)
22 E que direis, se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
verso 22 na BLH:
E foi isto o que Deus fez. Ele quis mostrar a Sua ira e fazer bem conhecido o Seu poder. Assim suportou com muita paciência os que mereciam o castigo e que iam ser destruídos.
"Os vasos de ira, preparados para a perdição", são os que, como os antigos israelitas, buscam justiça pelas obras, e não pela fé. (Herbert Kiesler)
23 para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória,
verso 23 na BLH:
Deus quis também mostrar como é grande a Sua glória; portanto, teve compaixão de nós e nos preparou para recebermos a Sua glória, que agora Ele derramou sobre nós.
Os que foram escolhidos para serem "vasos de misericórdia", são os que, como os gentios que crêem, obtêm a justiça pela fé. Romanos 9:30-33 constitui o resumo da argumentação do apóstolo. Os eleitos são os que têm fé em Cristo; os condenados são os que não tem fé. (Herbert Kiesler)
24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?
Entretanto, que tem isto a ver com os judeus e sua rejeição de Cristo? Tudo. Paulo tem novidades para eles. Deus não salva nações inteiras. Ele salva indivíduos e todo aquele que quiser vir, que venha...
[Esta é a mensagem principal de Romanos 10]


29º Dia: Romanos 9:25-33 – O cumprimento da palavra do Senhor. Israel é responsável pela sua rejeição
Houve uma notável transferência de privilégio espiritual, que passou do judeu para o crente gentio. Isso não se deveu a uma mudança da parte de Deus, mas a um defeito fatal do povo hebreu. O vaso foi danificado na mão do oleiro não por inabilidade do oleiro, mas por uma falha própria do barro. O povo escolhido tropeçou na lei da fé e rejeitou seu Messias. Os gentios, por outro lado, creram nele e, por isso, alcançaram a justificação.
Deus não tem variação, "nem sombra de mudança" (Tiago 1:17). Qualquer aparente mudança em Seu comportamento é determinada por nossa atitude para com Ele. (Frederick B. Meyer)
25 Como diz ele também em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada à que não era amada.
26 E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; aí serão chamados filhos do Deus vivo.
27 Também Isaías exclama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente [BLH: somente alguns deles] é que será salvo.
O fato lamentável é que só o remanescente de Israel volveu-se para o Senhor, pela fé. Só o remanescente aceitará a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. No entanto, os gentios não devem ser virtuosos aos seus próprios olhos. O remanescente deles é que será salvo (Apoc. 12:17), porque só o remanescente tem a fé que conduz à obediência à vontade do Senhor. (Herbert Kiesler)
28 Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, consumando-a e abreviando-a [BLH: Logo e de uma vez.]
29 E como antes dissera Isaías: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra.
verso 29 na BV:
E, em outra parte, Isaías diz que se não fosse a misericórdia de Deus, deixando alguns, todos os judeus seriam destruídos – todos eles - tal como todo o mundo morreu nas cidades de Sodoma e Gomorra.
30 Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé.
A graça de Deus possibilita que tenhamos fé em Jesus Cristo. Quando aceitamos a Cristo, Deus nos concede o Dom da justiça por meio do Espírito Santo (Rom. 8:9 e 10). Isto é justificação. Os gentios "alcançaram" a justiça porque não confiaram em suas próprias obras; eles creram na misericórdia de Cristo para salvá-los. O verbo grego traduzido por "alcançar" significa "apossar-se de, obter, agarrar, apoderar-se de". Os gentios apoderaram-se da justiça de Cristo pela fé. Sua justiça passou a pertencer-lhes porque O convidaram a reinar no coração.
31 Mas Israel, buscando a lei da justiça, não atingiu esta lei.
verso 31 na BV:
Os judeus, porém, que tão duramente procuravam ser justos e estar bem com Deus guardando Suas Leis, nunca conseguiram isso.
32 Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas como que pelas obras; e tropeçaram na pedra de tropeço;
verso 32 na BV:
E por que não? Porque estavam procurando conseguir a salvação guardando a Lei e sendo corretos, em vez de aceitarem a salvação pela fé. Assim, tropeçaram na grande pedra de
tropeço.
Jesus é uma pedra de tropeço para os cegos espirituais, mas todos que nele confiam e nele descansam não serão envergonhados. Na morte de Cristo, Ele condenou o pecado na carne, e agora nós que somos edificados nEle, como uma pedra é ajustada ao alicerce, permanecemos firmes quando as últimas e grandes tempestades varrerem terra e mar. (Frederick B. Meyer)
33 como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço; e uma rocha de escândalo; e quem nela crer não será confundido.
verso 33 na BV:
Deus os avisou disso nas Escrituras quando disse: "Eu coloquei uma Rocha no caminho dos judeus, e muitos tropeçarão nEla", e aí Ele está falando de Jesus, e diz: "Porém, todos
quantos crerem nEle nunca ficarão desiludidos".
Pedro também fala da rocha de tropeço e de passagem, em I Pedro 2:1-10, baseado em Isaias 28:16.
Queridos irmãos, a mensagem destes versos é clara: somente fazem parte do remanescente aqueles que, indiferentemente de posição, hierarquia, classe ou cultura, convidaram Jesus a reinar em seus corações.
Não basta que a sua igreja tenha a verdade bíblica - você somente passa rapidamente pela Rocha aos finais de semana, ou está solidamente fundamentado nela?

30º Dia: Romanos 10:1-10 – Cristo, o fim da Lei
Paulo torna claro um fato nesta passagem. O zelo religioso não basta. Os judeus pensavam que podiam fazer-se justos para com Deus pela obediência meticulosa às leis e observância dos costumes. [...]
Mas Paulo informa a seus patrícios da verdade que lhe foi revelada no caminho de Damasco: Não é pelo esforço de guardar as leis de Deus que se pode chegar até onde Ele está (versos 4-7). Simplesmente seja receptivo a Deus quando Ele vem a você. Você crê (com o coração, não apenas com a cabeça) que Jesus é Senhor e confessa (com a boca) que Ele é seu Salvador; salvou você dos seus pecados. E então - judeu ou gentio - Deus aceitou você [versos 6-8]. (Fritz Ridenour)
1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para sua salvação.
verso 1 na BV:
Queridos irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração é que o povo judeu possa ser salvo.
Como o apóstolo Paulo amava sinceramente o seu povo! Todo o ódio que nutriam contra ele não podia extinguir a devoção intensa que ele alimentava por eles. (Frederick B. Meyer)
2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo [BLH: são muito dedicados a Deus] por Deus, mas não com entendimento.
[BLH: ...Porém a dedicação deles não está baseada no verdadeiro conhecimento]
3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.
verso 3 na BV:
Eles não compreendem que Cristo morreu para colocá-los em posição de justos diante de Deus. Em vez disso, eles estão procurando ser bastante bons para ganharem o favor de Deus mediante a guarda das leis e dos costumes judaicos. Porém, esse não é o caminho divino da salvação.
Não se sujeitaram...
A razão por que rejeitaram o evangelho assentava-se em sua inveterada recusa de "sujeitar-se (v. 3). Não é esse o problema de todos nós? Não é que não possamos crer, mas n

Um comentário:

  1. Graça, Misericórdia & Paz!
    Graças ao Senhor por este devocional explicativo, substancial e tutorial!
    O texto está incompleto ou há algum link para continuar a leitura?
    Que o Senhor os abençoe!

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