segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Comunhão em Manaus 31 de agosto de 2014 (manhã de domingo)

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Gostaria de prosseguir o assunto que nós iniciamos na reunião anterior. Procurei mostrar aos irmãos na reunião anterior o quanto a mesa do Senhor é central, o quanto o testemunho da mesa do Senhor é um testemunho sólido, o quanto a mesa do Senhor é algo repleto de realidade espiritual e quanto nós precisamos trazer para o centro do nosso viver como igreja a realidade espiritual ligada à mesa do Senhor. 

Eu comecei dizendo aos irmãos que o primeiro grande testemunho que a mesa do Senhor anuncia, tremendo testemunho, é a respeito da morte do Senhor. Irmãos, os nossos corações só podem ser
verdadeiramente libertos, na mesma medida em que compreendemos o significado da morte do Senhor Jesus.
 Quando nós olhamos para a ressurreição ela se segue ao que a morte gerou, ao que a morte conquistou, ao que a morte alcançou. A ressurreição é como um selo sobre tudo o que a morte alcançou, mas sem morte não há ressurreição. A morte do Senhor ela foi de tal forma inclusiva e abrangente por ser em primeiro lugar a pessoa do Senhor Jesus a pessoa do próprio Deus Filho, e por ser a pessoa do Senhor Jesus a própria realidade de um homem em tudo o que um homem significa, um homem perfeito. Não duas pessoas. Uma pessoa divina unida a uma pessoa humana, não. O Senhor tem apenas uma personalidade, uma única pessoa, mas nós temos o verbo eterno, a pessoa divina, o Logos, unido à natureza humana, de tal forma que aquela pessoa única, o Senhor Jesus, ela é tanto Deus perfeito completo, claro, eterno, quanto homem perfeito. Então o que o Senhor alcançou na sua morte é inigualável porque a sua pessoa é inigualável. Nenhum homem poderia alcançar o que o Senhor alcançou pela sua morte. Por mais bem intencionado que esse homem fosse, em primeiro lugar ele seria um pecador, porque todo aquele que nasceu de Adão é um pecador. Por isso a pessoa do Senhor Jesus, ela foi concebida, recebeu a sua natureza humana de uma forma miraculosa, providencial, e soberana da parte de Deus. E ele então através daquele ventre de Maria, assumindo a natureza humana, isso fez com que a pessoa do Senhor se tornasse assim como de um lado, um de nós, como diz Hebreus, participou igualmente de carne e sangue, assim como todos nós, mas por outro lado a pessoa do Senhor não deixou de ser o que Ele era, o Filho eterno, o Verbo eterno de Deus. Então a pessoa singular do Senhor foi o que tornou a obra do Senhor singular. Toda eficácia da obra está ligada à singularidade da pessoa.

Irmãos. O primeiro testemunho, tremendo, anunciado pela mesa do Senhor, que Ele quis então e a mesa refletisse essa grande verdade, é a respeito da sua morte, e nós precisaremos de todo o nosso tempo, até que o Senhor venha ou até que nós partamos para Ele, e seguramente de toda a eternidade, quando estivermos face a face com Ele como nos assegura a sua palavra que não volta atrás, seremos como Ele e haveremos de vê-lo como Ele é. Nós precisaríamos de todo o nosso tempo e de toda a eternidade, para estarmos compreendendo algo, do significado, da imensidão do que o Senhor é na sua pessoa, e do que Ele realizou na sua obra. Nós estaremos como que tateando, mesmo na eternidade diante Dele, nós ainda estaremos crescendo nesse precioso conhecimento. Compartilhei na reunião anterior então esse primeiro fato ligado a mesa do Senhor É um testemunho da morte do Senhor. Veja que na narrativa de Paulo aos Coríntios, está apenas implícita a ressurreição quando Paulo diz que nós devemos fazer isso até que Ele venha. Se Ele estivesse morto, retido pela morte, Ele não poderia voltar. Mas é porque Ele vive que Ele voltará. Então Paulo diz: fazei isso, como que tendo recebido do Senhor, aquela instrução, e cita as palavras literais do Senhor que ele recebeu, “ eu recebi do Senhor o que também vos entreguei”, é o que ele diz em 1ª Coríntios 11, e ele diz que o Senhor tomou o pão, deu graças, o partiu, e o vinho da mesma forma e disse: fazei isso em memória de mim. E nós devemos então celebrar esse ato, como Paulo diz lá, até que Ele venha.
Na medida em que nós formos partilhando a mesa do Senhor, domingo após domingo, nós iremos ver o quanto há de realidade espiritual, de significado espiritual nesse testemunho da morte do Senhor. Não quero voltar a esse ponto porque ele já foi colocado. Eu quero avançar hoje. Eu queria apenas abrir caminho novamente para nós nos localizarmos. O testemunho da mesa do Senhor com relação à morte do Senhor, é imenso, é inesgotável. O Senhor colocou, assumiu Nele mesmo, tudo aquilo que era antagônico a Deus. Tudo. Ele assumiu o nosso pecado, Ele assumiu a morte, a nossa morte, e é por isso que nós derivamos todo o nosso ensino Bíblico a respeito do nosso livramento de todos esses elementos que eu vou colocar aqui, Ele nos livrou de nosso pecado, porque aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós. Quando que isso aconteceu? Na sua morte. Porque enquanto Ele estava em vida, Ele não foi feito pecado, de forma nenhuma, em hipótese alguma. Ele apenas foi feito pecado na cruz, e ainda assim Ele não se tornou um pecador. Mas o pecado caiu sobre ele e assim a ira de Deus sobre Ele quando Ele então foi separado de Deus ali na cruz, para que fosse então um sacrifício adequado, substitutivo, no nosso lugar, recebendo o nosso salário, o salário do pecado que é a morte, e morte não no sentido físico em primeiro lugar. Não. Mas no sentido espiritual que onde ela começa. O homem é um morto vivo, é um morto que perambula pelas ruas da cidade. Um cadáver ambulante. Por isso que a palavra de Deus diz em Efésios 2 (Efésios 2:1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,) que Ele nos deu vida, quando nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados. Então enquanto nós não temos o Senhor Jesus como nossa vida, nós não temos vida, nós somos mortos que andam. Mas pela graça e misericórdia do Senhor nós fomos regenerados. O Senhor Jesus hoje é nossa vida. Paulo diz aos Colossenses: quando Cristo que é a nossa vida, hoje, atual, Ele é, não será, Ele é a nossa vida, quando Ele se manifestar, nós seremos semelhantes a Ele. João diz: porque havemos de vê-lo como Ele é. Paulo diz que quando Ele se manifestar, Ele que é a nossa vida, nós também seremos manifestados com Ele, em glória, Colossenses cap. 3. Então irmão, na morte do Senhor Deus lidou com tudo o que era contrário à natureza Dele, ao ser de Deus. Quais seriam essas coisas? A Bíblia enumera pelo menos seis. Nós então teremos tempo, futuramente, para gastarmos com esses assuntos, o que o Senhor promoveu na sua morte. Mas ele nos livrou do pecado, nos livrou do mundo, um terrível inimigo espiritual, sedutor, terrível. O Senhor nos livrou do mundo. Pela cruz de Cristo, o mundo está crucificado para mim, diz Paulo e eu para o mundo: eu estou crucificado para o mundo. Então o Senhor nos livrou de mais um inimigo, o ego, o ego tirano, o ego que quer tudo para si, que vive por si, pelas suas idéias, pelos seus pensamentos, suas decisões, uma vida autônoma, independente, soberba. O Senhor nos livrou do ego, porque nós fomos crucificados juntamente com Cristo. Na medida em que experimentarmos o poder da sua morte em nossas vidas, experimentaremos na mesma medida a libertação da vida egocêntrica. Mas, para isso precisamos que ser conformados com Ele na sua morte. Como? Permanecendo Nele, andando em união com Ele, diariamente, não perdendo o Senhor da nossa comunhão, o Senhor do nosso Espírito, o Senhor da nossa mente, o Senhor do nosso coração, o Senhor da nossa consciência, não rompendo o nosso elo com Ele, porque em nós não há nada, mas Nele há tudo. Então o poder da sua morte, é literalmente transmitido a nós, na medida em que habitamos Nele e que permanecemos Nele. Foi o que Ele quis dizer em João cap. 15, quando Ele diz: João 15:5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Foi o que Paulo quis dizer em Filipenses 3, quando ele diz que ele desejava conformar-se ao Senhor na sua morte, e consequentemente na sua ressurreição. Então irmãos, essa é uma experiência para nós cristãos mas, isso não começa com a experiência. Isso começa com fato de que Ele morreu e quando nós nos apropriamos dos elementos da ceia, do pão e do vinho, nós estamos literalmente nos apropriando das virtudes da sua morte e da sua ressurreição. Não do seu corpo físico e real, porque o seu corpo está nos céus em glória, mas por causa desse Senhor estar ressurrecto entre nós, através dos elementos da ceia, que testemunha a morte do Senhor, não apenas comemos um pão e tomamos um vinho, mas nós, pela fé, nos alimentamos das virtudes, da eficácia, da morte e da ressurreição do Senhor. Os irmãos vêem a diferença disso? Como eu disse na reunião anterior nós precisamos tomar tanto cuidado com essas verdades, para que você não vá a extremos errados, mas nem para um lado nem para o outro, nem banalizando a ceia, considerando-a de qualquer valor na verdade, como qualquer outra refeição, essa é apenas uma refeição na igreja, uma refeição coletiva: isso é banalizar a ceia. Mas também você não mistificar a ceia e achar então que o corpo real de Cristo está ali. Isso é impossível. O seu corpo real, físico, ressuscitado e glorificado ocupa um lugar e esse lugar é o trono de Deus e com esse corpo Ele voltará e será visto por todo olho como diz a palavra. Todo olho o verá, até aqueles que os traspassaram. Esse corpo está nos céus em glória. Não está na mesa, mas por outro lado, através dessa mesa que o Senhor estabeleceu, Ele nos proporcionou, que baseado na obediência pela fé, não obediência cega, porque isso é religião e ritual morto, mas obediência dos que crêem, através da obediência dos que crêem, possamos receber, através desse meio de graça, chamado Ceia do Senhor. Receber literalmente os benefícios da morte e da ressurreição do Senhor. Irmãos, nós vamos procurar extrair um pouco da realidade espiritual nessa noite, que o Senhor nos ajude. O primeiro memorial que a ceia nos deixa tão claramente representada é da morte do Senhor, que é um testemunho da morte do Senhor. O Senhor colocou em si mesmo tudo o que era contrário a Ele: o pecado, o mundo, o ego, a carne, o diabo. Tudo isso ao mesmo tempo. O Senhor lidou com tudo isso ao mesmo tempo. Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne. Não diz: crucificarão, no futuro. Gálatas cap. 5 diz que os que são de Cristo, pertencem a Ele, estão unidos a Ele, já crucificaram. Onde que isso aconteceu? Na cruz do Calvário. Como que eu posso experimentar em mim mesmo essa carne crucificada, de tala maneira que eu não ande ao meu bel prazer, seguindo as minhas cobiças e paixões? Como que eu posso experimentar em mim mesmo? Não. Nele sim. Habitai em mim e eu habitarei em vós. Os irmãos estão vendo? Essas virtudes não são comunicadas a nós de tal forma que elas não vão se tornar nossas, em nossa natureza humana. Não. O que é nascido da carne é carne. Lembra? Mas o que é nascido do Espírito é Espírito. Na medida em que andamos em comunhão com Cristo, a própria pessoa Dele, ela é então formada em nós - não vivo eu, mas Cristo vive em mim - então pelo poder da sua morte, pelo poder da suar ressurreição, nós podemos por um lado – o poder da sua morte – sermos livres de tudo o que não agrada a Deus. O pecado, o mundo, a carne, o diabo, o ego e algumas coisas mais. E nós podemos por outro lado - esse é o lado negativo - o poder da sua morte, mas podemos por outro lado, porque Ele ressuscitou, experimentar o poder da sua ressurreição, como Paulo fala em Romanos 6. Podemos andar em novidade de vida. Não há benção maior do que essa irmão. O Senhor morreu para que nós não precisássemos morrer mas, o mesmo Evangelho diz que Ele vive para que nós não precisemos viver. Viver é muito doloroso. Viver sem Ele é impossível. Você vai ser cativado. Mais cedo ou mais tarde, não importa sua boa intenção, não importa o seu desejo de ser o mais moral, o mais religioso, o mais obediente. Você vai cair, porque o que é nascido da carne é carne. Só tem uma maneira de não cair: habitar Nele e Tê-lo habitando em nós. Então os irmãos vejam a importância de nós habitarmos em Cristo, e de Cristo em nós, e de podermos através da mesa do Senhor não só celebrarmos que Ele executou isso, mas recebermos, mesa após mesa, ceia após ceia, recebermos um pouco mais da realidade espiritual do significado ali. Eu creio que é isso que nós precisamos tocar. Eu creio que é isso que tem sido deixado de lado. Eu creio que é isso que de alguma forma faltava para que o Senhor de alguma maneira nos acordasse e acho que há uma necessidade tão imensa penso eu, de que Ele acorde o seu povo nesses dias para essa realidade. Isso não é um ritual morto e como eu já disse para os irmãos, quando Satanás não consegue retirar uma verdade da vida da igreja, ele vai bagunçá-la, ele vai tentar extrapola-la, vai tentar levá-la para outro lado e nós temos dois lados com relação a esse assunto como eu já coloquei tantas vezes. Um lado é mistificar a ceia. É aquele sacerdote, levantar aquele pão e se ajoelhar diante dele, como se naquele pão tivesse o próprio Cristo, o próprio corpo de Cristo. Por outro lado é vermos tantos daqueles que se chamam protestantes e que não concordam com isso, banalizarem a ceia e achar que aquilo nada mais é do que uma refeição corporativa, que nós agradecemos a Deus pela vida um dos outros, porque Cristo morreu por nós, embora isso seja uma verdade, é muito pouco diante do que a ceia significa. Então irmão, em primeiro lugar, o testemunho da morte do Senhor, com tudo o que isso significa. Vamos voltar a esse assunto mais tarde daqui para frente. O segundo aspecto que eu já toquei é que a mesa do Senhor é um testemunho que nós somos um corpo, que embora nós sejamos muitos, nós somos um. Então, qualquer tipo de divisão no meio do povo de Deus, é uma ofensa frontal ao Espírito Santo, a não ser que as verdades centrais da fé, tenham sido perdidas por aqueles que professam assim, porque não há como haver verdadeira e genuína unidade, em torno de algo que não é verdade. A verdade vem antes da unidade. Se você colocar a unidade na frente da verdade, você vai ser um ecumênico e o movimento ecumênico anda solto por aí, tentando colocar todos os gatos dentro do mesmo balaio. E só dá briga e confusão, porque o Senhor não nos chamou em primeiro lugar para sermos um. Ele nos chamou em primeiro lugar para preservarmos a verdade que é Ele mesmo. Como nós podemos ser um em torno do que não é verdadeiro? Como nós podemos ser um em torno do que não é Bíblico? Como nós podemos ser um em torno daquilo que não é? Há auto revelação de Deus através da palavra? Como podemos ser um em torno daquilo que é opinião de homem? Seja ele quem for, por mais bem dotado que seja. Que tipo de unidade é essa? É uma unidade humana. Então nós somos um em torno da revelação clara de Deus, na sua palavra, e ela é muito clara. Agora irmãos, os cristãos de forma geral tem a possibilidade de ser um em torno do que é geral. Muito interessante você examinar isso. Se você for ter comunhão com a maioria dos cristãos, você vê que você é um em torno do que é essencial. Na grande maioria dos casos. Você observa então que as divisões é em torno do que não é essencial. Essa prática aqui não é melhor, essa outra aqui é melhor. Isso deve ser celebrado assim, o batismo é melhor ser por imersão; o batismo correto é por aspersão, etc, etc, e etc. Muitas doutrinas, muitos ensinos secundários, que nunca deveriam dividir o corpo de Cristo, mas dividem e ofendem ao Espírito Santo, porque a mesa do Senhor é uma mesa que comprova, que trás aos nossos olhos o fato de que todos aqueles que confessam o nome desse único Senhor, o Senhor Jesus no qual eles crêem, eles receberam o mesmo e único Espírito e a melhor maneira deles testemunharem isso com vigor, com poder é serem um, porque são um realmente falando em Cristo e pelo Espírito. Então Paulo em Efésios diz que nós devemos preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Preservar. Nós fomos chamados para isso. A nossa posição aqui nessa cidade deve ser apenas essa e nenhuma mais. Mantermos comunhão com os irmãos em torno de Cristo, nosso único foco, deixarmos que as coisas secundárias fiquem com aqueles que as consideram importantes. Nós, queremos ter comunhão em torno de Cristo, a sua pessoa, a sua obra, o Deus triuno, o alicerce da justificação, da expiação, do próprio corpo de Cristo, da volta do Senhor, enfim das verdades que são alicerces, são fundamentos que todos os cristãos crêem. Não há cristão que não crê na justificação pela fé. Não há cristão que não crê na volta do Senhor, não há cristão que não crê na Trindade, nem na encarnação nem na expiação. Todos crêem, porque são os alicerces do próprio cristianismo. Então por que é que nós estamos tão divididos, como o cristianismo em geral? Então irmãos, a mesa do Senhor ela é um testemunho a respeito de que o corpo é um, e como nós precisamos preservar isso. Se você come e bebe do corpo como Paulo diz, do pão e do cálice, você toma pela fé do corpo e do sangue do Senhor, mas não discerne o corpo, você não é capaz de viver com os seus irmãos, você não é capaz de suportar diferenças, você não é capaz de viver junto a eles na centralidade de Cristo, então você está tomando e comendo inadequadamente, porque você não discerne o corpo, não discerne que você é um. Então eu creio irmão, que o Senhor tem chamado sim, nesses últimos dias, a sua segunda vinda está tão próxima, e ele tem chamado o seu povo para o que é central, para o que é essencial. Nós temos circundado em torno do que não é central. Isso tem causado problemas para nós. Nós somos tão mesquinhos, que coisas ínfimas são capazes de nos gerar problemas, são capazes de nos dividir. Não é? Então o segundo aspecto da mesa do Senhor, que eu toquei um pouco na reunião anterior, mas eu achei necessário fazer de novo, é que além do testemunho da morte do Senhor, tremendo fato, a mesa também testemunha que o corpo é um. Agora eu queria ler dois textos com os irmãos. Vagarosamente. Queria que os irmãos prestassem muita atenção nesses textos. Para quê? Para que você possa permitir que o Espírito Santo, o único mestre, o único capaz de te ensinar, o único, Ele possa usar o seu instrumento por excelência, que é a palavra escrita de Deus - a Bíblia - e possa falar ao seu coração em particular, e quem sabe, fazer saltar algumas coisas que até então, podem não ter saltado aos seus olhos. Eu creio que isso deve ser a nossa abordagem diária das escrituras. Você tomar a palavra, pedir ao Senhor que faça com que a sua palavra salte da página escrita como vida para o seu coração, porque a palavra de Deus tem essa natureza. Eu queria ler dois textos então, para entrar nesse assunto da realidade espiritual ligada à mesa do Senhor. É um assunto muito delicado, uma linha extremamente fina, mas irmãos nós temos que ousadamente, confiados no Senhor, andar nela, porque se não andarmos com integridade nessa linha fina, não há opção para nós. Ou nós cairemos para o extremo da mistificação da ceia, ou nós cairemos no extremo da banalização da ceia. Não há opção para nós. Então nós temos que ousadamente, corajosamente, procurar trilhar um caminho que eu penso ser muito claro nas escrituras, com relação a esse assunto. Vamos ler então os textos com bastante atenção. O primeiro é 1ª Coríntios cap. 10 a partir do verso 14. 14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 15 ¶ Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo. 16 Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão. 18 Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar? (Lá no Velho Testamento não era assim, e agora ele vai tirar uma conclusão para nós) 19 Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? (Ele próprio já ensinou um pouco mais atrás, no cap. 8 de 1ª Coríntios, que o ídolo nada é e que a comida sacrificada a ídolo também nada é. Você tem a liberdade de comê-la se tem uma consciência forte, que crê assim que ídolo nada é e que há um só Deus, então você tem liberdade de comê-la, com esse conhecimento, porque a consciência está atrelada ao conhecimento. Se você tem o conhecimento adequado a sua consciência é forte, e se não tem a consciência é fraca - esse é o ensino de 1ª Coríntios cap. 8, ou se você tem o conhecimento adequado a consciência forte, o ídolo não é nada e a coisa sacrificada a ídolo nada é do que um simples alimento, porque o ídolo não é nada. Por que estou enfatizando isso? Porque Paulo vai fazer agora contraste com a mesa do Senhor. A mesa do Senhor não é uma mesa de ídolo, porque o ídolo não é nada. A comida sacrificada a ídolo não é nada, porque o ídolo não é nada. Se você comer uma comida que vem lá do templo dos ídolos, você vai se nutrir dela da mesma maneira como qualquer outra comida, pois aquilo não é nada. É só uma carne. Se você crê isso como a palavra ensina em 1ª Coríntios 8, esse é um outro assunto, leia lá na sua casa, você então tem liberdade de fazê-lo como Paulo ensinou muito bem. Você apenas não deve fazer, se estiver diante de algum ou de alguém, quem quer que seja, que se ofenda com esse fato, e você vai ferir a consciência alheia, um ensino claro de Paulo. Então você não deve fazer por amor daquilo que tenha a consciência mais fraca. Esse é claramente o ensino de 1ª Coríntios 8. Mas esse é só um parêntesis. Vamos voltar aqui. Paulo vai falar da mesa do ídolo, da mesa dos demônios porque o ídolo nada é a comida nada é, mas ele vai dizer uma coisa: existe algo por trás daquela mesa, ídolo não é nada. É só uma imagem. A carne continua sendo carne. Não tem nada de místico naquela carne. É só uma carne, mas os demônios fazem uso de ídolos, e ele agora vai fazer um contraste impressionante. Preste atenção no versículo 20.) 20 Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. 21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 22 Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele? (Você consegue ver o que Paulo está dizendo? “Não posso tocar nessa carne porque está dizendo que o demônio está por de trás dela”. Não. Não é isso que ele está dizendo. Ele está dizendo que aqueles que professavam o nome de Cristo, não deviam se associar aos cultos idólatras, que era então largamente praticados como aqui em Corinto, onde havia um templo dedicado a Apolo. Quem é Apolo. Apolo não é nada. Apolo não existe. Não é? É um deus da mitologia pagã. Não existe isso, essa figura, mas havia um templo dedicado a Apolo. Apolo não existe. Quem é que estava por detrás daquilo? Os demônios. São os demônios que se utilizam de ídolos. Por isso em 1ª Coríntios 10:14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Então irmão, ele está dizendo que aqueles que professam o nome do Senhor não devem participar desses cultos de onde eles vieram. Eles vieram do paganismo. Eles se converteram desse paganismo. Então Paulo falou: “Não vá lá, porque você vai estar participando de um culto que não é a ídolos, porque ídolos nada é. Você vai estar participando de um culto aos demônios”. Então Paulo vai falar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Agora eu queria que você notasse então que desde já ele faz uma colocação importante. Ele está dizendo que há uma realidade espiritual por detrás das duas mesas. Há realidade espiritual por detrás da mesa dos ídolos. Qual é essa realidade espiritual? Demônios. E há uma realidade espiritual por detrás da mesa do Senhor. Qual é a realidade espiritual por detrás da mesa do Senhor? É o próprio Senhor. É o Senhor mesmo. Então os irmãos vejam que esse ponto é muito interessante, porque Paulo está fazendo contraste, e então fica muito claro. Ele não está dizendo que participar naquele culto era inócuo, sem valor. Não faz diferença nenhuma, porque o ídolo não é anda. É tudo igual, não há ninguém, então vá para lá. Paulo diz não. O ídolo não é nada, aquele alimento não é nada, é só um alimento comum, mas tem, algo por trás lá. Os demônios insuflam aquele culto, enganam através da idolatria. Então Paulo diz: não se associem lá. Agora, na sua casa, se você comer uma carne que veio de lá, Paulo diz: 1 Coríntios 10:25 Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência; Não interessa se aquela carne veio de animal, o que acontecia muito naquele tempo, aquele monte de animais que eram sacrificados no templo de Apolo, não era jogada fora. Aquela carne era comercializada e aquela carne ia para ao mercado, e essa carne podia vir parar na mesa de um cristão. E agora? Ele ia ser contaminado de alguma maneira? Não. Porque o ídolo em si mesmo nada é. E aquele que está comendo é do Senhor. Aquele que está comendo está livrado. A relação dele com qualquer tipo de laço espiritual do mal, já está rompida na cruz do Calvário. Não há maldição espiritual nenhuma para o cristão. Gálatas 3, Paulo é muito claro. Ele diz assim: Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). Então irmão, você comer ou não comer não vai fazer a menor diferença. Paulo está falando de associar-se ao culto. Eu queria que você visse aqui o ponto importante do contraste, pois ele Paulo, dizendo que lá há uma realidade espiritual por trás, e na mesa do Senhor, também, é claro, há realidade espiritual. Então isso aqui serve como primeiro passo para nós. Está vendo como Paulo disse que não é inócuo? Nem um e nem outro, porque você tem a realidade espiritual do mal e você tem a realidade espiritual do Senhor, da Luz. (Colossenses 1:13 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,) Realidade espiritual e não apenas cerimônia. Esse é o assunto que eu queria destacar aqui. Agora vamos para 1ª Coríntios 11, ler de novo com bastante atenção. Veja que está no mesmo contexto, logo em seguida. 17 ¶ Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior. Veja aqui que há, uma maneira de se ajuntar para melhor e há uma maneira de se ajuntar para pior, nós cristãos, por que? Porque não é inócuo. O que nós fazemos tem significado espiritual e nós estamos tocando realidade espiritual. 18 Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. Paulo diz que este é o primeiro problema. Você estão celebrando aí uma refeição juntos e estão chamando de mesa do Senhor, mas essa não é mesa do Senhor de forma nenhuma, Paulo falou aos Coríntios. Por que? Porque há divisões entre vós, quando vos reunis na igreja e eu em parte o creio. 19 Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio. Paulo está dizendo neste verso 19, que isso é juízo de Deus. Se nós não estivermos discernindo o corpo, há juízo de Deus. Esse juízo de Deus vai separar, aprovados de desaprovados. É um ensino claro do verso 19. Vamos prosseguir. 20 Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis. 21 Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague. Eles estavam vendo como uma refeição praticamente comum. Haviam aquelas festas chamadas Agapao, festas de fraternidade, aquelas praticadas na comunidade primitiva. Eram refeições coletivas, juntos, como nós fazemos algumas vezes aqui, alguns domingos. É essa festa de fraternidade. A igreja primitiva celebrava isso. Então eles estavam confundindo as duas coisas. A festa de fraternidade é uma coisa, a mesa do Senhor é outra coisa completamente diferente. Eles estavam misturando festas de fraternidades com Mesa do Senhor. Então Paulo diz assim: 21 Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague. 22 Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo. Agora preste atenção. 23 ¶ Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; Aqui ele faz a diferença entre simples festa de fraternidade, a refeição juntos, e a Mesa do Senhor. 24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.

Primeiro lugar então, o testemunho da morte do Senhor, esse tremendo impacto, desse fato espiritual eterno que eu já falei. 27 Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Para que não haja essa indignidade, Paulo aconselha no verso 28 com essa pequena palavra que também não dá para entrar em tantos detalhes em uma única reunião. Nós vamos fazer isso nos domingos, quando estivermos celebrando a mesa do Senhor, para crescermos na realidade espiritual. Mas há muito conteúdo nessa palavrinha “examine-se”. Não é para você fazer uma introspecção, para você ficar pensando que: será que sou justo? Que absurdo é isso irmão? Quem que alguma vez sugeriu que você possa ser justo? Você foi salvo pelo Senhor exatamente porque você é injusto. Não é se você tem dignidade ou não tem. Alguém já sugeriu que você tivesse alguma dignidade? Essa mesa é para os indignos que creram. Agora irmão, há algo que nos tira dessa mesa. Esse algo em primeiro lugar é não discernir o corpo, é você achar que isso é uma festa de fraternidade como eu falei. Isso não é festa como eu falei, mas isso, é a mesa do Senhor. Então se você não discernir o corpo, tomar aquele pão, tomar aquele cálice, orando a Ele, focando a Ele, adorando a Ele, suplicando a Ele, oferecendo a Ele ações de graça, por aquela mesa, aquilo para você é uma refeição comum. Isso é só um ritual. Mas, se você por obediência da fé, estiver se apropriando daqueles elementos, você está recebendo verdadeira nutrição espiritual, embora os elementos que você está comendo são físicos. Mas é aí que está a grande questão. Nós nem mistificamos e nem banalizamos. Nós cremos que pela obediência da fé, o Senhor se tornou disponível para nós através daqueles elementos. Vou usar uma figura para tentar te ajudar irmão. Eu estou em um verdadeiro parto espiritual. Pregar a palavra tem a ver com dar a luz, um filho. Cada vez que eu subo nesse púlpito, eu estou dando a luz. Eu sou diferente de sacerdote, pois este não podia suar. Às vezes eu suo muito para dar a luz. Então eu queria ser bem cuidadoso, para poder tocar na realidade espiritual. Irmão. Você tem alguma dúvida? Porque quando a palavra escrita, veja é uma letra, literal, palavra escrita. Você tem alguma dúvida de que quando a palavra escrita, ela é pregada ou compartilhada ou lida lá na sua casa, no seu momento secreto, não importa de que maneira, mas você crê que através da palavra escrita, literal, o Senhor ministra a você graça, Ele mesmo? É claro que você crê. Então para que é que você lê a Bíblia? Para adquirir informação? Então ler a Bíblia e jornal é a mesma coisa. Não é? Então nós sabemos que a palavra escrita ela é um meio de graça e através da palavra escrita, nós podemos, pela fé, porque nós somos do Senhor, não somos incrédulos, pertencemos a Ele, nós já fomos regenerados, em nós habita o Espírito Santo - o incrédulo se tocar nessa palavra para ele não significa nada - mas quando nós a tocamos nós sabemos que o próprio Senhor é dado a nós, palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida, foi o que o Senhor falou em João cap. 6. Você não crê? Sei que crê. Sei e penso que posso dizer que todos aqui crêem. Então agora eu vou te sugerir a analogia. A palavra de Deus nos assegura que através dos elementos da mesa do Senhor, o pão e o cálice, igualmente, assim como pela palavra escrita, você pode se apropriar da graça, da pessoa do Senhor, fortalecendo o seu espírito, alma e até o seu próprio corpo. Você crê? É por isso que o Senhor diz em Hebreus que “não deixemos de congregar como é costume de alguns”. É por isso que - nós vamos chegar lá - a igreja primitiva, nos tempos apostólicos, ela tinha como prática partir o pão todos os domingos, que era chamado por muitos como dia do Senhor, porque era o dia da ressurreição. Não é que havia algo especial naquele dia em si, mas era o primeiro dia da semana, o dia em que o Senhor ressuscitou. Então naquele dia eles partiam o pão, e eles se apropriavam através desse meio de graça de mais da vida do Senhor e de realidades que são seladas naqueles que participam em obediência de fé. Nós vamos chegar lá agora mesmo, quais seriam essas realidades seladas. Então irmão, só o Senhor vai poder confirmar isso entre nós, mas eu já disse na reunião passada e quero repetir, que eu sinto em meu espírito, que o Senhor está nos conduzindo para algo que nós nunca experimentamos antes em termos de participar da mesa do Senhor e consequentemente do que isso significa na vida da igreja, porque essa implicação ela é abrangente, não é só questão da mesa naquele momento. É questão de que aquele pão que você ingeriu, que faz do seu Cristo que habita em você, que outro pedacinho que o seu irmão ingeriu, e eles são um pão, que vocês tem o compromisso de estarem juntos e de se amarem e de se servirem independente do que um pensa e do que o outro pensa, independente se ele está achando bom ou não, mas servir com discernimento, servi-lo até o fim. O Senhor tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim - João 13:1 - quando Ele colocou aqueles discípulos, Judas estava lá, o traidor, o ladrão estava lá, Judas, mas a palavra diz que o Senhor amou-os e amou-os até o fim, e inclusive Judas. O Senhor se deu por ele. Ele não tratou Judas discriminadamente. De forma nenhuma. E quando Ele tomou aquele pão na ceia e ofereceu para Judas, Judas estava sendo hipócrita, porque o nosso Senhor não é hipócrita. Isso não existe no coração do Senhor. Quando Ele tomou aquele pão e ofereceu para Judas, ele estava honrando Judas, porque Ele era o anfitrião. Foi Ele quem promoveu aquela ceia e Ele toma aquele bocado molhado e oferece a Judas, num ato comum nas celebrações dos jantares naquele tempo. Quando o anfitrião tomava um pouco da refeição e levava a alguém, aquele era um convidado especial. Aquele era um convidado de honra. Sabe porque Ele fez isso com Judas? Porque Judas mostrava para o Senhor , tipificava claramente para o Senhor, expressava na sua vida e no seu viver, claramente para o Senhor, a cruz. Quando ele serviu Judas, Ele estava servindo à cruz, Ele estava demonstrando que a sua vida fora uma vida destinada à morte. Se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer, fica só. Então irmãos, quão importante em nós vermos a realidade espiritual da mesa do Senhor. Por que é que nós temos tanta facilidade de nos considerarmos descartáveis? Por que é que nós consideramos os outros inferiores a nós, e não superiores, como a palavra diz? Porque nós não estamos discernindo bem o corpo. Então eu creio que na medida em que o Senhor for nos introduzindo, isso é um processo. Nada do Senhor é mágico. O Senhor não é mágico. Ele é um Deus que cultiva. A obra do agricultor é muito diferente da obra de um mágico. O agricultor ele gasta tempo, dor, suor, lágrimas para obter a colheita. Assim é o nosso Senhor. Eu creio que na medida em que o nosso Senhor for semeando as suas verdades através da sua mesa que nós formos participando, vez após vez, nós seremos profundamente enriquecidos nas verdades relacionadas a esses três aspectos, ao impacto da morte do Senhor, o que é que isso significou para nós. Nós estaremos comendo através do pão e do cálice, tomando através desse meio de graça, mais dessa graça, mais dessa virtude, da morte do Senhor e da ressurreição do Senhor. Do contrário, a ceia não é nada. Então irmãos a realidade espiritual é o foco da mesa do Senhor. Nós estaremos adquirindo através da pessoa do Senhor, sendo dada a nós através desse meio de graça, mais vigor para as nossas almas, mais vigor para o nosso espírito, até mesmo mais saúde para os nossos corpos, como a palavra diz em 1ª Coríntios. Essa é a realidade espiritual da mesa do Senhor, testemunhando que nós somos um, que nós temos esse compromisso de vivermos juntos de nos cuidarmos, orarmos uns pelos outros, servirmos, compromisso de estarmos juntos, reunidos. Que o Senhor nos ajude nisso. Que nós sejamos um terreno próprio para estarmos semeando realmente. Então veja irmão, o versículo 28, quando diz: examine-se pois o homem a si mesmo. A palavra nos chama para nós nos julgarmos. Chama para nós não considerarmos isso uma refeição comum. Examine-se. Você está discernindo o corpo? Examine-se: você está em paz com o Senhor e com os irmãos? “Não. Tem um irmão que não sei por que ele está fazendo assim, ou está fazendo assado, ou está achando isso, ou aquilo” O problema é dele. A questão é se você está em paz no seu coração. Se o Senhor tem testificado com você o que é justo, na sua vida no seu convívio, se você não tem nenhum pecado guardado nos seus cantinhos secretos, tão querido, que você então guarda, acalenta, alimenta, mas a realidade dos seus pecados estão expostos diante desse Senhor. É isso que Ele pede. Não é você ficar fazendo um doentio exame próprio, uma doentia introspecção. Você olhando você, aquela coisa terrível, infernal. Não é isso que o Senhor pede quando Ele diz: Examine-se. É para você estar com aquilo que deve estar na luz Dele, dizendo: Senhor. Tem misericórdia de mim. Senhor, eu não me alegro com essas coisas na minha vida, e Senhor, eu quero que o Senhor me conduza um arrependimento mais profundo, a uma realidade mais profunda do quanto isso é mau. Eu quero deixar de mimar na minha carne, mimar mundanismo. Deixar de viver para mim mesmo uma vida egocêntrica. Eu quero deixar de amar o pecado. Então isso é examinar a si mesmo, porque a palavra diz: examine-se e coma. Não diz: examine-se e vá embora. Ela não diz: examine-se e não coma. Ela diz examine-se e coma. Então é isso que devemos fazer. A mesa do Senhor é uma mesa de graça irmão, para aqueles que são honestos com o Senhor, aqueles que querem uma vida aberta diante do Senhor. Então o chamado do Senhor é para participarmos, mas com uma necessidade de que participemos adequadamente, porque há realidade espiritual atrás dela, então o Senhor diz: examine-se e venha comer. Examine-se, mas venha comer. As duas coisas são imperativas, porque Ele sabe que o meio que Ele estabeleceu, é o meio da graça. Da mesma maneira que você ajunta e ouve a palavra, veja que contra-senso. Como pode algumas pessoas se reunirem no dia em que a ceia do Senhor é celebrada, ouvirem a palavra, o Senhor falou ao coração delas, foram edificadas de alguma forma, corrigidas, exortadas, o Senhor falou a elas pela instrumentalidade da palavra, e agora o Senhor quer também se dar a elas, pela instrumentalidade da ceia. Mas elas não querem. Por qual motivo elas não querem? A palavra diz: examine-se e coma. Por que é que você não quer? Por que é que você quer o Senhor só através da palavra? Por que você não quer o Senhor através da ceia? Por que? Ele nos ordena comer. Ele diz examine-se e coma. Então irmão, quanto precisamos recuperar dessa realidade. Mas como o Senhor sabe que é realidade, e que não é um ritual morto,m então Ele diz: examine-se. Se fosse um ritual morto, vem de qualquer jeito, mas como há realidade espiritual, então examine-se. Se há dificuldade, luta, problema, pecado, examine-se. Abra diante do Senhor, confesse a Ele, busque diante Dele um arrependimento mais profundo. Examine-se, coma. Tão simples, mas porque o pecado nos tornou fujões, conforme Adão, correndo atrás das moitas com as suas roupinhas de figueira. Não é? Mas isso não é atitude adequada. Nós temos que correr é para a mesa, em confissão. Examine-se pois o homem a si mesmo e coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, como e bebe juízo para si. Está vendo? Não é inócuo. Como você pode ler um versículo desses e achar que a mesa do Senhor é só símbolo? É só memorial? Um símbolo e memorial, você não come juízo. Não tem nada. É só símbolo. Mas não é assim na mesa do Senhor. Não é só símbolo. Não é só memorial. Há realidade espiritual. Então come e bebe juízo para si. Eis porque há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos os que dormem, ou que já morreram. Exatamente porque há realidade espiritual. Porque se nos julgássemos nós mesmos, olhe aí o examine-se no verso 31, repetido com outras palavras. Se nos julgássemos a nós mesmos, é o examine-se a si mesmo. Na sua luz vemos a luz. Na sua luz, julgue-se a você mesmo. Na sua luz. Não é você tentando ser delegado da sua própria alma, investigador da sua própria alma. Você não vai chegar a nada. Vai chegar a uma depressão, a uma morbidez, uma coisa que ofende ao Espírito Santo. Um ambiente que não tem nada a ver com graça, é um ambiente infernal. Então a palavra de Deus diz: julgue-se a você mesmo. Se você fizer isso, você não será julgado. Está vendo a realidade espiritual? No verso 31 ele diz que quando julgados somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. Então os irmãos vejam que a mesa do Senhor ela tem um conteúdo de realidade imensurável. Eu queria partilhar com você, e por ser um assunto tão delicado, eu propositalmente fiz uma relação aqui, e queria citar para você de uma forma clara e didática, para você depois meditar em casa, orar diante do Senhor esses tópicos: quais são as realidades na mesa do Senhor que são significadas? As realidades que são significadas, de alguma maneira eu já toquei nelas aqui. Repetindo então as significadas. Primeiro: é o significado a morte do Senhor, já falei muito. O que é que significa a mesa. Significa, em primeiro lugar, a morte do Senhor. Nós não estamos só bebendo o pão e comendo o vinho. Estamos tocando no significado da morte do Senhor Segundo lugar, significa a participação ou a identificação do cristão com Cristo. É claro, não é? Porque você vai pegar os elementos e fazer o quê? Ficar olhando para eles? Não. Você vai comer. Comer fala de comunhão. O que você come entra em você, o que você come faz parte de você. Então o Senhor estabeleceu uma refeição - quando você se batiza irmão, você não coloca água para dentro do seu estômago, mesmo que você entre dentro da água, ou seja aspergido, a água está por fora. O Senhor não quis que a água fosse usada por dentro. Ele quis que a água fosse usada por fora. Não é? O pão poderia ser de igual modo. Poderia ser algo só para olhar. Mas quando Ele estabeleceu essa refeição e qual que é a natureza da refeição? É para se comer e não para se olhar. É porque Ele queria mostrar que nós estamos em união. Nós estamos Nele, Ele está em nós, assim como o vinho que nós tomamos agora naquele pequeno cálice, faz parte de nós. E o pão também faz parte de nós agora. Fez parte da nossa constituição. 

Essa é outra, a segunda verdade significada na ceia: o Senhor nos incluiu Nele mesmo. Nós estamos identificados com Cristo. Vou citar uma expressão linda de Paulo em Romanos 8 e você vai conseguir derivar muita coisa no ensino do Novo Testamento sobre esses pontos que eu estou tocando, você vai começar enxergar em muitos textos. Paulo falou assim em Romanos 8:38 porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 8:39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Nem nada, nem qualquer outra criatura. Por que é que Paulo falou isso? Porque nós estamos em Cristo. Isso é uma das verdades que a ceia tipifica. Nós comemos o pão, nós pertencemos a Ele. Nada vai nos separar, eternamente. As minhas ovelhas ouvem a minha voz(João 10:27) Eu lhes dou a vida eterna. Jamais serão arrebatadas de minhas mãos(João 10:28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.) Das mãos do Pai, ninguém poderá arrebatá-las. Então essa é uma outra realidade que a ceia significa. Ela aponta para isso. Veja que eu não estou usando a palavra simboliza, porque embora não ache errada, repito aqui, que não tem nenhum problema se algum irmão usar, mas eu acho uma palavra limitada. A ceia não simboliza. A ceia significa. Significar é mais do que simbolizar. Também não gosto muito da palavra memorial, porque ela é mais do que memorial. Memorial se refere a algo que passou, por isso não dá para fazer memória. É memória do que já passou, do morto que está lá enterrado, ou de qualquer coisa que vai ser memorável e então coloca a placa de fundação, aquele edifício, no governo não sei de quem. Então a plaquinha está lá. Aquilo é um memorial, uma plaquinha, de fatos passados. A Ceia não é só um memorial. É claro que ela aponta sim para fatos que se passaram. O nosso Senhor morreu, há dois mil anos. Mas só isso? O Senhor também ressuscitou, tem dois mil anos. Ele disse assim: 2 Coríntios 6:16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. O Senhor vivo, está entre nós, e que está em nós. Então não é só memorial. É mais do que memorial. Quando o Senhor falou: fazei isso em memória, Ele não está dizendo que é memorial. Ele está dizendo que esse fato aponta para algo que seria realizado, seria um marco, assim como a libertação do povo lá no Egito. Só houve um cordeiro que foi morto lá no Egito para eles serem libertados. Nem tem mais cordeiro, nem sangue pelo lado de fora da porta. Teve cordeiro lá no deserto, mas o cordeiro da libertação, o cordeiro pascal foi um só, aquele lá do Egito. Então o Senhor falou da mesma maneira. Fazei isso em memória de mim. A minha morte é única. Eu realizei uma vez por todas. Mas temos que tomar cuidado com essa palavra memorial, para que ela não caia no vazio. 1 Coríntios 11:29 pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. 30 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Porque a ceia fala dessa realidade espiritual da nossa união, da nossa identificação com o Senhor. Terceira realidade significada. Cristo como nosso sustento. Por que pão e vinho? Porque Cristo é o nosso sustento, o nosso alimento. Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca do Senhor, dessa viverá o homem. Que palavra é essa? Cristo. Para que servem essas palavras escritas inspiradas por Deus, por homens movidos pelo Espírito? Para que através delas nós recebamos instrução intelectual? Não. Cristo. Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Essa palavra é Cristo. Através da palavra escrita, nós recebemos a palavra viva que é Cristo. Através da palavra escrita, nós recebemos a palavra viva, que é Cristo. Então a terceira realidade significada pela ceia é que Cristo é o nosso alimento. A quarta verdade significada, já falei também. A união dos crentes uns com os outros. Nós somos muitos? Sim. Mas somos um. Nós pertencemos uns aos outros. Nós temos toda uma eternidade juntos. Aprenda a servir o seu irmão aqui, porque você vai servir lá. Aprenda a amá-lo aqui, porque você vai amá-lo lá. Aprenda a estar com ele aqui, porque você estará com ele por toda a eternidade. Nós somos um pão, pertencemos uns aos outros. Essa é uma outra realidade significada. 1ª Coríntios 10 que eu li anteriormente: 1 Coríntios 10:17 Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão. Agora irmãos, vamos dar mais um passo e encerrarmos esse período, para irmos no restinho do tempo que teremos para compartilhar alguma coisa nossa a respeito da mesa do Senhor. Nós não podemos separar as realidades significadas das realidades seladas. Se nós dermos atenção só para as realidades significadas, elas ficariam como que na mesa. Ali está o pão, ali está o vinho, que tipificam a morte do Senhor, e é em memória do que Ele realizou no passado, e esse pão e vinho também fala que Ele é o nosso alimento, esse pão também fala que nós somos um, como corpo, embora sendo muito somos um pão, mas tudo está na mesa. Então nós não podemos separar as realidades significadas pelos elementos, das realidades que são seladas quando nos apropriamos dos elementos. Então nós precisamos tocar nisso agora com bastante cuidado. Mesmo que rapidamente. Eu queria passar para você de novo, quatro aspectos para você meditar depois, com cuidado, em oração, na sua casa. A primeira realidade que é selada, o amor de Cristo, pessoal, por você. Irmão, nenhuma outra boca, come essa pão por você. É a sua boca. Você vê que é o indivíduo. Não tem ninguém comendo o pão por você. Ninguém pode fazer isso. É a sua boca. Então é uma experiência pessoal. Da mesma maneira que o batismo. Ninguém é batizado por você. Em Efésios, Paulo diz que Cristo amou a igreja, todos, toda a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, por todos, e ao mesmo tempo ele diz em Gálatas assim: Gálatas 2:20.................... vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Ele sabia que era algo muito pessoal. Se Paulo fosse a única criatura viva na face da terra, Cristo se entregaria por ele, porque ele havia sido eleito em união com Cristo, antes da fundação do mundo. Então irmão, que verdade importante. Quando você toma aquele pão, aquele cálice, você está participando um pouco mais da graça do amor do Senhor, individual por você. É como se Ele estivesse falando ali no seu ouvido interior: você é meu. Ninguém come esse pão no seu lugar. Você participa de mim. Você está em mim. Você me pertence. Assim como você come esse pão, ele faz parte de você, Eu também faço parte de você. Eu sou teu. Então é uma apropriação do amor pessoal do Senhor, em primeiro lugar. É bom que nós meditássemos nisso e pudéssemos voltar nisso outras vezes quando estivermos celebrando a ceia. Então a primeira verdade que é selada: quanto mais você participa e come do pão em obediência pela fé, mais você vai ter selado em você do amor do Senhor. Pode esperar por isso, se você crê isso. Mais você vai ter do amor do Senhor selado em você, porque a ceia é para isso. Primeira realidade selada, o amor pessoal do Senhor. Segunda. A certeza das promessas da aliança. Quando Ele tomou o cálice Ele falou: essa é a nova aliança no meu sangue. Nós não vamos ter tempo agora, mas o Senhor permitir vamos ter quando estivermos aí para frente celebrando as mesas em várias ocasiões. Hebreus 8 diz que as bênçãos da nova aliança são a purificação dos nossos pecados e por isso você deve se examinar e comer, porque quando você se apropria do sangue, você se apropria pela fé, do sangue de Cristo, capaz de purificar-te de todos os pecados. Então você examine-se e coma e não saia correndo, porque através da sua participação o Senhor é capaz de comunicar a você a graça das promessas da aliança, uma delas: purificação. Purificação em primeiro lugar. Dentro ainda desse tópico, vida e poder, em segundo lugar. Ele falou assim: nas suas mentes imprimirei as minhas leis (Jeremias 31:33/Hebreus 8:10) Nos seus corações as inscreverei. Não foi assim? Então quando você participa você está celebrando, experimentando algo dessa vida e poder. Imprimirei nas suas mentes a minha lei. Imprimirei no seu coração. E você também está experimentando - terceiro aspecto aí da promessa da aliança, - um conhecimento espiritual do Senhor cada vez maior. Lá em Hebreus 8, citando Jeremias, ele diz assim: Jeremias 31:34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei. (Hebreus 8:11) Essa é uma promessa do pacto da nova aliança. Você acha que o Senhor não vai cumprir o pacto? Você acha que Ele é infiel? Então quando você se apropria dos elementos, você está, pela fé, admitindo que o Senhor é fiel ao pacto. Você pode ser infiel, mas Ele nunca. Ele é fiel à sua aliança, ao seu pacto. E na sua aliança, ele nos garantiu purificação de pecado, vida e poder, conhecimento espiritual do Senhor. Direto, cada um de nós. Então nós temos isso selado, na medida em que participamos da ceia do Senhor. Irmão. Isso é espiritual. Você vai comer pão literal sim. Você não vai mastigar o corpo de Cristo não, pois esse corpo está nos céus. Você vai comer pão literal, mas você vai ver, se puder contemplar a realidade espiritual da ceia, você vai experimentar que isso está muito além de uma refeição comum. Através da comunhão com o Senhor, na ministração da graça, pelos elementos, você vai tocar o amor do Senhor. Você vai tocar conformação do seu pertencimento a Ele. Você vai tocar, reforçadamente as verdades pactuais de Deus: vida e poder, purificação, você vai ser renovado na sua alegria, na sua força, no seu vigor de testemunho, no seu encorajamento, na sua ousadia, porque é um meio de graça, assim como é a palavra escrita - através da ministração do Senhor - tem poder de fazer isso na sua vida. A mesa do Senhor também o tem, porque contém a mesma realidade espiritual. A terceira verdade, que eu vou colocar também bem rápido. Salmo 114:15, ( 15 o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças.) um versículo muito lindo. Ele diz assim, vai narrando a história do povo de Israel com Deus, na aliança com Deus, e aí ele diz assim naquele verso, cita as bênçãos de Deus para com o povo, o azeite o vinho e o pão como bênçãos de Deus, para o povo da aliança, o povo de Israel. E quando ele vai falar sobre esses elementos, o azeite que lhe dá brilho ao rosto, veja que lindo. O azeite é uma figura em toda a palavra de Deus, sempre uma figura do Espírito Santo, não é assim? Então quando você come o pão e toma o vinho, por causa da presença do Senhor, pelo Espírito, o Espírito Santo está em nós e então o Senhor está em nós, o corpo ressurrecto do Senhor está nos céus, mas o Senhor mesmo está em nós e entre nós, porque Deus não se divide, porque se o Espírito Santo está em nós, o Pai está em nós e o Filho também está em nós. Então nós podemos ter, confirmados em nós, as promessas pactuais de Deus, o amor de Deus, a presença de Deus, as verdades relacionadas a ele, porque Ele está presente em nós pelo seu Espírito. Então esse Salmo diz: o azeite que lhe dá brilho ao rosto. Nós temos poder de testemunho - brilho no rosto - única e exclusivamente, porque o Espírito Santo habita em nós. Ele é o poder de testemunho. Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis as minhas testemunhas. O Azeite lhe dá brilho ao rosto. Você vê que lindo? E depois ele diz que o pão que sustem a força e o vinho alegra o seu coração. Que coisa irmão. Isso é o que o Senhor proporcionou para nós experimentarmos na ceia. O pão que lhe sustem a força. O pão literal é isso que ele faz com a nossa vida literal. O pão espiritual que é o Senhor é isso que faz com a nossa vida espiritual e através desse meio da graça nós estamos tocando o pão espiritual, através do pão literal. Aí você diz: “mas eu não posso tocar esse pão espiritual lá na minha casa? Pode. Até certo ponto. Se você se omitir de tocar esse pão espiritual na presença dos santos, você estará limitando a sua nutrição espiritual, porque o Senhor ordenou que isso fosse celebrado vez após vez. E o Senhor ordenou que fosse feito assim é porque Ele vai se dar assim a nós. Você também pode ficar na sua casa um ano sem reunir. Não pode? E ainda assim permanecer na fé. Mas se você passar esse ano todo reunindo você vai ser imensamente mais fortalecido na sua fé. Não é? Da mesma forma, na mesa do Senhor. Então, veja irmão, que significado, que realidade e a última verdade. A mesa do Senhor é selo recíproco. É um selo de que você pertence a Ele e Ele pertence a você, porque você come o pão, bebe o sangue. Paulo fala em 1ª Coríntios 10, uma palavra ali tão tremenda que eu li. Ele fala que esse cálice que nós abençoamos, que consideramos bendito, não é a comunhão do sangue - olhe como as palavras são fortes - não está dizendo que é o sangue, como eu já enfatizei aqui tantas vezes, mas está dizendo que é uma expressão muito claro, um meio que nós temos de experimentar a doce graça da comunhão do sangue. O sangue pertence a nós, não pertence ao mundo. O sangue do Senhor não foi derramado para o mundo. Ele foi derramado para os seus, como o Senhor falou em João 17. Então o cálice que nós tomamos é a comunhão do sangue que é nossa, que é a comunhão do corpo que é nossa. É um selo recíproco. Você vê? Então irmão, busque isso, busquem isso, quando vocês tomarem a ceia. Senhor renova em mim o teu amor, confirma em mim a Tua graça. Fortalece-me Senhor porque sou teu, pertenço a ti. Procure entrar em profunda comunhão com o Senhor, e em foco com o Senhor, quando você tiver se apropriando da ceia.

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